Quando falamos sempre falamos por nós, em que outr@s podem se sentir parcial ou inteiramente identificados. " Ai ela escreve muito, né?". "Porque ela escreve tanto? P'ra quê...", comenta um sujeito para uma tia que me iniciou à leitura, escuta, reflexão e escrita mesmo que ela não saiba inteiramente , parceiro de oficio profissional supostamente amigo sem nenhum perfil utópico para além desses dois requisitos que extrapolem esse panorama. Por miúdos, nem namorado tampouco amante, mas com a esperança duma parceria leal. O sabichão é recebido no outro lado do oceano por familiares e amigos e é a velha prova de fogo do " agora ou vai ou racha" ou" a hora do vamos ver no que toca a empatia e solidariedade". A "estrangeira" convidou um agora "estrangeiro tropical" ( de facto os episódios machista que tenho, infelizmente, vivido são maioritariamente com brasileiros pois os portuguese com quem me relaciono nunca agiram assim comigo , não sei com uma brasileira... espero que tenham mantido a sua postura ética para nos mantermos amigos, pelo menos. Ser ético e respeitoso é o requisito para o vinculo se manter) para visitar o seu contexto e o sujeito não se despiu da sua capa, fantasia carnavalesca de macho alpha oba oba. Um panorama que daria e dá pano para mangas mas que resumidamente podemos pensar:" Onde fui amarrar o meu bode...." ( ouvi esta no Matogrosso há uns 20 anos vindo duma artesã e viajante companheira do machão bicho grilo machista como a maioria dos tais " malucos beleza toca Rau"; Umas farsas de Jah que oprimem as mulheres que acreditam neles e os amam, como alguns outros homens. Não todos, claro. Sim, os homens dispostos a re escrever a história também são alvo dessas equivocalhadas. Homens dispostos a aprender a aprender. É NOIS!
Nós não nascemos esclarecid@s, iluminad@s, a saber de tudo. Tampouco desconstruido@s. Esse é o grande desafio contemporâneo: duvidar das nossas (in)certezas e confiar na vida, agradecendo cada oportunidade de aprender com humildade.
Ao aprofundar o estudo sobre feminismo vegano muitas questões são levantadas. " Pegar o touro pelos cornos", " Onde fui amarrar o meu bode" são expressões que algumas feministas veganas chamarão a atenção sobre o trato com os animais. Sim, a primeira expressão remete a uma prática da qual eu não concordo em absoluto: tourada. Eu sou da terra da tourada, mas nem por isso, por usar esta expressão idiomática que significa ter um ato de coragem eu subscreva a exploração animal. assim como a expressão " onde fui amarrar o meu bode". Esta última remete-me sempre par ao bode da vovó Donalda que comia tudo o que lhe aparecia à frente, para azar da vovó.
Nós termos calma com nós mesmos e com os outros dispostos a esse re escrever de comportamentos é um grande passo. Independentemente de nacionalidades, ideologias, crenças e credos somos todos gente de carne e osso e alma. Como se diz no xamanismo: tudo contém alma. Ai as cruzadas que desalmaram povos nativos com tanta alma e ainda se apropriaram dos seus saberes e culturas para beneficio e status próprio. Onde o seu bode foi amarrado... A consciência é um touro que ora vem de mansinho ou brabo que nem Lampião!
A Piu
Campinas SP 20/02/2021
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