sábado, 13 de fevereiro de 2021

POR FALAR NISSO!

 Não é só dizer, falar, afirmar para uma ou várias pessoas ou somente para si mesm@: " Eu não sou machista!" ou " Eu não sou racista" ou " Eu até gosto de estrangeiros e tolero os trans, mesmo que quando para afirmar a minha virilidade digo publicamente: " Se aquela mulher ( estrangeira ou não, porque eu até sou curioso com o meu exotismo mental) não me quer eu vou virar gay!"

Sair do lugar de fala e entrar no lugar de escuta para depois voltar ao lugar de fala é um caminho que requer muita disponibilidade, abertura e humildade. Sim, nós não nascemos desconstruídos, mesmo aqueles que nasceram e cresceram num ambiente com certas e determinadas desconstruções em curso. Enraizado no nosso inconsciente coletivo estão muitos padrões de comportamento, muitos vícios que precisamos de arregaçar as mangas e honestamente olhar de frente com gentileza, libertando-nos da culpa.

A História que nos é contada e ensinada também nas escolas é muito violenta. É uma História pautada por invasões, batalhas, conquistas, saques e subjugações, nomeadamente estupros, escravizações, assassinatos e violências várias. 

Como afirmar que não somos fruto de todos esses processos históricos, pelos menos nos últimos milénios em que o patriarcado se dá? Patriarcado esse que se pauta na lei da força, controle, competição, linearidade em que os ciclos da vida, a subtileza, a vida como algo sagrado e celebrativo é relegado para segundo e até quinto plano.

Hoje temos mais acesso à informação. BEM DITAS TECNOLOGIAS!!! Há uns que se escondem atrás destas para atormentar os outros, divertem-se (?!) com a vida alheia de terceiros que desconhecem os seus desafios diários e acham que podem invadir contas, perseguir, mentir, difamar, boicotar, omitir e até  fazer dos próprios irmãos bobinhos da sorte. Acham que a vida é um vídeo game, um entretenimento de play staion. Ainda nãos lhes caiu a ficha que a vida não é só um passeio. Não viemos aqui a passeio para que os outros sirvam os nossos obscuros caprichos. É fundamental entender isso.  Com sorte ainda poderemos assistir à sua recuperação honesta que nem passa por postagens  politicamente corretas em redes socais. E sim por parar e pensar que importunar uma mulher, homem ou outro género sem sequer conhecer a vida da pessoa se esta está a passar perigo de vida, se tem como sustentar os seus filhos com o seu trabalho e o fulano vai lá e boicota porque se equivocou ao não entender que um encontro físico requer um encontro de almas, onde confiança de não sermos bonequinhas insufláveis está assegurado. TODAS AS MULHERES DE QUALQUER IDADE, ESTEJAM AMADURECIDAS OU NÃO MERECEM RESPEITO E A MAIORIA SACA AS MANIPULAÇÕES. SÓ QUE HÁ UMAS QUE FINGEM NÃO VER, POR CARÊNCIA.


Quanto a um homem que escolhe ser vegano por conta do sofrimento dos animais, ou uma mulher e outro género, primeiro precisa de rever se se auto cuida o suficiente para trazer alegria dentro de si e levar alegria aqueles com quem se relaciona. Algo básico, mas nem sempre evidente. Principalmente quando a imagem que fazemos de nós mesm@s não está clara por conta da lacuna na auto observação. Errar faz parte do caminho, fazer do erro uma forma de estar na vida é uma escolha como outra qualquer que tem o seu preço, como tudo. Então a jogada é sermos vitoriosos para nós mesm@s e assim tornamo-nos muito atraentes; O auto cuidado é muito sedutor afasta-nos das inseguranças e dos ciúmes, assim como nos aproxima da clareza das escolhas onde estar com alguém para cobrir os nossos vazios internos ou usa outro ser humano para fazer ciúmes a quem nós queremos bem ou achamos que queremos bem é ruído...  Querer bem é tratar bem e cuidar, principalmente ser transparente. Se as nossas intenções não são claras, recolhemo-nos ao invés de alimentar, dúvidas, expectativas, mal entendidos e até projeções. O ciúme não é amor, é (auto) desamor, ou não? Para enganos e equivocos  já nos chegam os governantes... Ah! E não projetar nos outros as nossas inseguranças e padrões. Saber o que nos pertence e não pertence é fundamental e escolher o que é saudável para ambas as partes. Isso é a base do igualitarismo e também do bem viver com notas de amor e sabedoria.


Também convenço-me que um homem que nasce e cresce entre outros homens num ambiente machista, onde serem caçadores ( de mulheres) é estimulado seja um desafio ainda maior sair dessa matrix.  Mas estamos viv@s para nos darmos as mãos e nos protegermos dos que gostam de passar a perna, dar rasteiras ( como se fala na minha terra) não vale. 

A Piu

Campinas, 13/02/2021



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