Ora bem, em 1975 onde é que eu estava? Estava nesta casinha que se vê na foto com uma cristaleira com louça da Vista Alegre. Ao certo não sei o que aconteceu de relevante comigo além de me mudarem as fraldas de pano com alfinetes de ama. Tenho memórias imagéticas. Freud explica. Quem cuida de nós, nós lembramo-nos. Ah! O Novembro de 75, após o verão quentão de 75. Enfim, palavras para quê? Hoje vivemos num neo liberalismo que a todos nós é muito conveniente. wink emoticon
O ano 1985 não foi o mais vitorioso, a senhora minha mãe que está ali atrás a fazer croché com o seu cabelo emancipatoriamente curto e as suas jeans boca de sino despedia-se de nós, num sopro. Um ano depois aprendi a cantar aquela música da Elis: "Vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar."
No ano de 1995 começava a viver do teatro, quando já levava 3 anos de formação teatral mais dois de teatro amador. Uma viagem sem retorno.
No ano de 2005 nascia a menina Flor, esse ícone, irmã duma outra (me)nina que nascera em 2000. Igualmente icónica.
Agora, 2015... Ano de viragem de há uns 3 a 4 anos a esta parte. Porém, todavia, contudo tornou-se mais claro, este ano, separar o trigo do joio. Uma questão de ecologia emocional como resposta à singela pergunta: o que me faz bem e quero para a minha vida?
A vinte e três de Setembro de dois mil e quinze, às catorze hores e cinco minutos do horário de Brasilia respondo: transparência, honestidade, sinceridade, coragem, amorosidade, inocência, liberdade e todas as coisa boas que nos fazem continuar a ter mais idade e maturidade. E se for necessário virar a cristaleira de pernas para o ar, em sentido figurativo, que assim seja. Mesmo que nos chamem de loucos e outras coisas uuuuhhhh. E assim a minha vista ficará alegre. E digo mais! Que eu cá digo muitas coisas, mas não me importo se são extensas ou curtas! É que... é que... as palavras brotam do fundo do meu ser.
Alé! Seja bem vindo quem vier por bem!
Se tudo correr bem, cá estaremos no ano de dois mil e vinte cinco. Quem sabe na floresta amazónica. Entretanto, mando noticias.
Ana Piu
Braziu, 23.09.2015
Braziu, 23.09.2015
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