IMOBILIDADE RECEPTIVA
O olhar não se detinha
fugidio
o sorriso colado no rosto
escondia incertezas
no excesso de confiança as pernas fraquejavam
uma culpa em desejar ser
um receio em permitir-se
nas madrugadas
a noites eram longas
fotos amarelecidas pela memória
de felicidades momentâneas
ia-se distraindo na vaguidão do tempo
tentando convencer-se que as madrugadas acordariam adormecidas pelos entardeceres, onde o olhar fugidio se escondia nas incertezas da culpa com receio da sua confiança
as pernas fraquejavam, mas caminhando continuavam
até o olhar se tranquilizar nas madrugadas das noites curtas
encontrando-se encontraria o olhar sorrindo
a piu
Br, 22.12.2013
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