quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

E DEPOIS DO NATAL AINDA ESTAREMOS POR CÁ?



 Meu querido diário as redes sociais são pontes e são muros. São pontes que nos levam até quem está longe de nós e muros quando a carência de um olhar nos olhos e um toque de pontas de dedos ou de ...um abraço pode gerar mal entendidos outros. O mundo é louco ou sempre esteve louco? Seremos nós uns potenciais loucos? A loucura não é nociva, desde que libertadora de nós mesmos. Nós somos nocivos quando não abrimos a nossa gaiola. Somos prisioneiros de nós mesmos.

A poesia é uma arma. Uma arma pacifista que agita a nossa alma. Acho que estamos num momento histórico que precisamos muito de sonhar, alimentarmos-nos com os nossos sonhos reais. Sabemos onde estão as mazelas do mundo, as injustiças, as explorações. Estamos intoxicados com excesso de informação.

Sabemos que é uma luta inglória tentar mudar o mundo. Mudemos então o nosso. De dentro para fora. Desintoxiquemos-nos.

Sabes meu querido diário, agora vou-me sentir uma padreca mas não vou deixar de o dizer: Andamos todos cansados. Cansados de nós mesmos. Porquê? Porque muitas vezes em vez de sorrir ou simplesmente caminhar leve alimentamos nocividades. A raiva é das expressões máximas da nossa tristeza. A tristeza são frustrações por resolver. Numa sociedade onde a competição é promovida a frustação é um desafio entre mãos.

Abrir mão. Aceitar os nossos fantasmas interiores e com muito carinho limpar-lhes as mais reconditas entranhas. Saber receber também é importante. Saber receber um gesto de amizade profunda. Quantas vezes já recusámos consciente ou inconscientemente gestos tais, meu querido diário? Enfim, fazer da nossa vida uma obra de arte. Arte bruta, arte naife, pop arte, mas se respirarmos leveza tudo se torna mais leve, mais claro, mais verdadeiro, mais nós. Menos leviano. Mesmo com todos os desafios da vida. Mas sem desafios a vida não tem piada!

piu
Br, 26.12.2013
 
 

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