sexta-feira, 3 de maio de 2013

O COSMOS NÃO É ISOHISTÉRICO

Desde os tempos mais remotos que os seres viventes se deslocam. Nomadizam-se, adaptam-se segunda as vicissitudes que o planeta terra mais o seu cosmos envolvente oferece. Os seres viventes relacionam-se entre si. Umas vezes inventam umas guerras por questões de sobrevivência, depois essas guerras tornam-se ancestrais. Vingar o antepassado e por aí afora. Essa sobrevivência algumas muitas vezes confunde-se com relações de poder. As relações de poder existem por razões mil. Uma delas é o medo do outro, medo que o outro invada o seu espaço, então por defesa invade o espaço do outro, aniquilando-o. O planeta terra é redondo de savanas, pastos, selvas verdes e de pedra imensas. Se as relações de poder, nascidas de forma resumida do medo, fossem erradicadas o planeta terra não abanaria de forma insana no espaço sideral. Dançaria sem pisar no pé do outro.
Alguns seres viventes humanizados tendem a se deslocarem no planeta terra por variadíssimas razões. Por necessidade, por curiosidade, pela necessidade curiosa de ver o que está para lá do horizonte. Uns fogem de quem os perseguem em tempos ditos duros, outros vão ao encontro de outros lugares para acumularem riquezas e voltar para o seu lugar de origem, outros ainda procuram outros estímulos para crescerem por dentro.
Mudar de lugar, sair da zona de conforto requer querer, sonho, persistência e por vezes algum desconforto. De vez em quando, torna-se necessário começar quase do zero ou até mesmo do zero. Porém se essa persistência se mantiver ao poucos os seres viventes dão-se a conhecer, relacionando-se, estabelecendo elos, entre ajudas. Requer humildade. Mas quem disse que não se pode ter orgulho na humildade? Por vezes o ser vivente é estigmatizado, segregado em processos que nem Kafka imaginaria. Por vezes manter a serenidade é um árduo exercício, mas, porém todavia, contudo no entanto se levantarmos a cabeça e olharmos para lá da linha do horizonte e continuar caminhando o cosmos fará também sua parte sem ser demasiado isohistérico.

a piu
Br, 3 de Maio de 2013

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