Continuou perante um sorriso triste, mas um sorriso.
Continuou depois da alma se esvaziar para voltar a ser.
Continuou porque sentia que deveria continuar. Milhares e milhares de segundos afagados nas pontas dos dedos. Milhares e milhares de respirações cortadas pela incerteza. E a vida sempre continuando, mesmo quando a mais pequena chama ameaçava apagar-se.
Continuou porque tinha de continuar. Continuou de sorriso leve no respirar. Um sorriso que segurava quem à vida queria segurar, continuando. Continuando vivo e não sem vida. Com vida e com o mais profundo segredo que tudo é uma passagem que se imprime no invisivel, no indizivel. Numa passagem que ora nos detemos aqui e ali, deixando marcas mais ou menos profundas daquilo que somos e desejamos ser. Continuando de sorriso suave, leve. De uma leveza marcante num tempo e num
Imagem: Inês d'Espiney |
a piu
Br, 21 de Maio de 2013
dedicado à minha querida amiga Ana Santos
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