De origem germânica achtung! servia como interjeção chamativa para perigos e paisagens deslumbrantes. Mais a norte, nos países escandinávos,ACHTUNG!! é considerado o espirro oficial dos vikings. Em terras lusas utiliza-se a expressão "Arre!!" quando alguém está arreliado. "Arretung!" é uma espécie de grito de guerra dos trabalhadores da classe precária, que desunidos nunca vencerão.
domingo, 28 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XV
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XIV
Hoje sonhei que a Janis Joplin oferecia-me um disco, um LP, dela. Ela, em pessoa! Na minha frente! Sendo que esta faleceu 3 anos antes de eu nascer. Depois é que eu via que ela não tinha autografado! Como eu tinha perdido uma oportunidade dessas?!?! Espera aí! Não era disto que eu queria falar e sim começar por esta foto que faz parte da série " Quem nunca?". Como eu sou muito moderna, apesar de ser do tempo do telefone fixo, que em Portugal não era o preço dum carro ou imóvel como aqui no Brasil, coloquei um filtro azul cool nesta foto que tem uns 20 anos na " minha" querida Lisabonne, Lisbone, Lisbon. Na época em que se assemelhava à decadência do património arquitetónico e de Havana como alguém em Madrid certa vez comparou. Nesta época Lisboa já se estava a tornar um lugar da moda, mas ainda não tinha sofrido aquele processo de gentrificação como acontecera em Paris, Praha, Amsterdam, Berlim.
"Oh lord , won't you buy me a color TV? Dialing for Dollars'is trying to find me. I wait for delivery each day until three. So lord win't you buy me a color TV?"
Voltei. Cantar Joplin desanuvia o fígado, deixa o astral mais up. Também para dizer que não preciso de TV e jornais para saber como vai o mundo, além de correr o risco de alienação ainda posso achar que estou muito informada e preciso de avisar os outros do que o que eu ouvi no noticiário da noite ou do meio dia e ficar muito desiludida quando as notícias são cânticos da sereia e eu só entendo passado muito tempo. Por exemplo, aqui no Brasil numa época: ouvi dizer que é bom demais viver em Portugal. Bora para todos para Portugal! Acho que até foi o Ratinho que disse no lembro entre uma noticia do assalto a um banco e um crime passional qualificado.
Vai daí lá vamos nós todes para um lugar onde não criamos afinidade com o povo desse lugar tampouco com os desafios da sua sobrevivência. Posto lá! Zás. Só falo mal do lugar! Mas aqui tem uma dialética: primeiro posto fotos dum deslumbramento sem precedentes, depois começo a viver o dia a dia do que é ser-se estrangeiro, depois começo a azedar por motivos vários e a cobrar a mídia que me enganou, ao povo que não é assim tão acolhedor como eu gostaria que fosse e por aí. Se encontrar pessoas da minha nacionalidade crio um clube onde só falo mal daquele país, ao invés de ir ao encontro de pessoas fora da minha bolha que não legitimem a minha ingratidão, apesar de todos os desafios encontrados.
Olhem, isso é o mesmo que eu agora em 2021 dizer assim: O Brasil enganou-me! Eu cheguei aqui em 2012 a achar que só encontrar camaradas e amigos trabalhadores como eu e que me iriam enxergar como uma trabalhadora da cultura e estudiosa e vivi algumas roubadas e entretanto ainda votaram no Coiso!!! Gilberto Gil!!! Help me!!!!! Daí amuo com o Brasil, com o povo brasileiro e passo a vida a falar destes sem olhar e agradecer todas as coisas fixe bacanas que me aconteceram e acontecem aqui. Logo pergunto: o que o Brasil me deve se eu não estou feliz nesse lugar? O que Portugal deve a um brasileiro ou brasileira que não está feliz em Portugal? O que Portugal me deve? Chego à conclusão que nada. Não me sinto satisfeita, não encontro motivo de alegria vazo/ bazo. Dou o fora. Espera aí! Eu acho que até Portugal me deve, nos deve a nós trabalhadores em Portugal, mas não espero nada! Durante os anos que vivi e trabalhei em Portugal paguei impostos, segurança social, uma dívida que durante os primeiros cinco anos aqui no Brasil liquidei e nunca tive nem tenho direito a nada. Então, car@ migrante brasileir@, viver em Portugal é o desafio como em todo o lugar, umas vezes mais fáceis outras não, não venha é cobrar a Portugal e aos seus trabalhadores, muitos deles desempregados ou com empregos precários, a sua desilusão. Fica a dica: não acredite em tudo o que passa na mídia e fale com as pessoas que lá vivem, se possível flerte, namore com o país antes de tomar a decisão de mudar. Ah! E gratidão por instituições portuguesas ou brasileiras nos apoiarem na hora do aperto, por sermos mulheres, mães solo é fundamental. Não se gosta do resto, agradecemos e retiramo-nos.
A foto aí é daquelas tentativas de criar um book para agência de cinema, publicidade e tv. Mas eu sou mesmo do teatro, pá, do trabalho artesanal, autoral, coletivo onde a expressão é mais importante que o produto comerciável. Para mim estar bem num lugar é estar ao serviço do bem comum, da comunidade com o meu trabalho. Isso constrói-se, não é dum dia para o outro.
Beijos e abraços! Até ao próximo texto!
A Piu
Br, 26/11/2021
terça-feira, 23 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XIII
sábado, 20 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XII
Coloquei este filtro que se chama " burlesque". Eh pá!... Burlesco, pá! Sempre os francecismos ou anglo saxonismo no virar de cada esquina! Por falar em esquina!,,, Há pouco tempo soube que o sebastianismo foi uma narrativa trazida para o Brasil! Até aqui esperaram que "o Adormecido", " o Desejado" vira-se à esquina e volta-se num dia de nevoeiro!!! Só poderia num dia assim para que qualquer se fizesse passar por ele, como aconteceu. Houve vários D. Sebastiões a voltarem. Um voltou e só falava veneziano e era da Calábria, lá no sul da atual Itália. Não podia falar em português porque corria o risco de lhe limparem o sebo. E foi o que aconteceu, a ele, aos que o apoiaram e aos outros El- Reis Dons Sebastiones quando descobriram que era fraude. Havia uns que juravam a pés juntos a veracidade da Alteza em pessoa depois desta ter desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir em Marrocos, nessa empreitada de expandir o Império Português pelo norte de África e converter os mouros muçulmanos em cristãos. Desta vez a derrota foi fatal. " "Mas o mouro é que conhecia o deserto, detrás para diante e de longe e de perto", como canta o Sérgio Godinho.
Enfim, esta é um pedacinho muito breve, mas ilustrativo dos meus antepassados históricos da Peninsula Ibérica. Lá está, antepassados não significa a minha linhagem ancestral. Essa vem do povão como a maioria de nós outres. Não tenho memória alguma de ter na famila alguém que tenha comprado um titulo da nobrza ou que estivesse ligado à coroa portuguesa. Coroa.... Deixa ver... Eu já sou coroa! Ihihih " E aí, coroa! Comé?!" Uma coroa portuguesa que flertou bastantes anos com o Brasil e agora está casada com ele há quase dez anos. Sim, conheço ao vivo e a cores o Brasil desde 1996. Viram como sou coroa! Isto foi no milénio passado. Já faz um tempo. Depois voltei já neste milénio. Durante muito tempo não entendia na integra o fenómeno desse fosso social entre muito ricos e muito pobres.
Há quem diga que todos os caminhos vão dar a Roma, mas até acho que não. Ou sim? Antes de nós peninsulares ibéricos sermos cristãos eramos várias matrizes desde os celtas, passadno pelos visigodos, vikings, mouros e tantos outros, até chegar o Império Romano. Onde se encontra o território italiano é um dos berços, se não o berço do mercantilismo. E o mercantilismo é avô do neo liberalismo onde a força de trabalho e sua valorização tem escalas. Em alguns casos desvalorizada.
Hoje é dia da Consciência Negra no Brasil. Salvé os seres humanos cujos ancestrais vieram à força em condições desumanas, anti vida, para serem escravos neste imenso território que vai do sul até ao norte das Américas.
Eu gosto, 'tá! eu amo, a imensa diversidade existente no Brasil, o seu povo com a sua criatividade, as suas resistências e re existências. Aprendo muito aqui. Por ora, não troco o Brasil por Portugal. E não significa que seja tudo rosas. Tem um monte de espinhos pelo caminho, mas tem muitas bananeiras, pés de manga, de pêra abacate. Para mim eleger um lugar para morar a médio, longo prazo demora um tempo. Preciso de sentir o quee admiro realmente naquele lugar mesmo que hajam algumas desilusções, como acontecerá em outros lugares e agardecer. Mesmo assim acredito que uma mulher em qualquer parte do mundo se se apresentar como brasileira sofrerá preconceito e situações desagradáveis por ser vista como um objeto luxuriante ao serviço da lógica de satisfazer o patriarcado e o comércio sexual. Sim, precisa de peito para enfrentar. Já eu quando digo que sou portuguesa, por exemplo na Inglaterra ou outro páis vizinho, perguntam se Portugal é uma provincia da Espanha. Por acaso já foi quando o Sebastião foi embora. Em lugares mais longe nem sabem que Portugal existe e logo passo por polaca, alemã, argentina, francesa, italiana... Enfim. Até no Portugalito isso acontece. Depois eu conto na próxima uns episódios até anedóticos. Ah! Ah! Não sai do seu lugar!
Quanto a Portugal ser país irmão ou não do Brasil... Nesta altura do campeonato já não sei nada, mas sei que uma mulher brasileira quando é vitima de violência doméstica é acolhida por instituições portuguesas que a apoiam e a protegem. Logo estar agradecida em relação a isso seria tão ou mais interessante do que estar constantemente a criticar Portugal, mesmo que este não seja o paraíso na terra e tenha preconceito para com os brasileiros. Infelizmente. Mas também devo acrescentar que muitos portugueses sempre escutaram MPB e leram Jorge Amado, entre outros, e são alvo de xenofobia ou lusofobia por parte duns tantos brazucas. Isso deixa as pessoas apreensivas e a admiração dilui-se. Eu tenho alguns amigos portugueses que abriram mão dessa admiração. Compreensível. Niguém gosta de ser tratado com desprezo e preconceito. Do meu lado, dia após dia, admiro mais muitos seres humanos brasileiros. Não todos. Claro. Coisos, seres do tipo do Coiso que não enxerga o outro como igual pode ir dar uma volta bem grande.
Conheci há uns três dias um filósofo negro brasileiro Renato Noguera que fala sobre o amor, a masculinidade sanada passando por várias culturas de matriz africana, indigena, oriental e ocidental. Muito bom esses encontros que expandem o entendimento de modo a que os encontros sejam leveza e profundos. Só assim os abraços e os beijos fqiuem com gosto de cravos vermelhos fresquinhos e compota de manga madura, docinha que só! Celebrar o encontros como algo especial e raro, parafrasenado o Noguera. Muito bom nitrir isso dentro de nós. Valeu!
A Piu
Campinas SP 20/11/2021
quinta-feira, 18 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XI
terça-feira, 16 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XI
domingo, 14 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XI
sexta-feira, 12 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - X
A minha mãe trabalhou nos correios/ Nos correios a minha mãe trabalhou/ Quando levava a sua querida filhinha (eu) esta só atrapalhou!
E aí moçada! Gostaram da poesia? Cheia de métrica, num? Nem o Bocage se lembrararia duma rima destas! Agora falando sério... Falar dos ambientes de trabalho, das inúmeras desvalorizações do nosso e do trabalho alheio é serissimo, principalmente quando toca à dignidade do nosso sustento e dos nossos filhos para quem tem. Não dá para comparar as condições que os escravocratas impunham aos escravizados africanos com as dos trabalhadores explorados portugueses nos tempos do antigamente ( há 48 anos atrás, antes da queda do fascismo). Embora aqueles se organizavam e/ou se opunham à exploração da sua força de trabalho corriam o risco de serem presos, torturados e até mortos. Temos a Catarina Eufémia, trabalhadora agrícola portuguesa e alentejana, que foi morta com três tiros pelas costas à queima roupa em 1954 pela Guarda Nacional Republicana Portuguesa na sequência duma greve de assalariados rurais. Ela tornou-se um icone da resistência portuguesa durante a ditadura. É também importante lembrar a chacina de Beja em 1932.
O cineasta Sergio Trefaut, nascido em São Paulo em 1965 e incentivado pelo sei pai, o jornalista, Miguel Urbano Rodrigues " a passar férias no Alentejo natal para conviver com os camponeses da região mais vasta e pobre de Portugal" *. O Sergio Trefaut tornou-se cineasta e realizou um documentário em 2014 " Alentejo, Alentejo" e posteriormente uma longa metragem " Raiva" que é uma ficção baseada nesses conflitos ancestrais entre camponeses e donos da terra. Eu assisti ao " Raiva" numa sala de cinema no centro de São Paulo. Fico profundamente comovida com esse pai e filho que não renegam as suas origens, dignificando-as e mostrando-as para o mundo. Os alentejanos não foram agrilhoados, nem colocados em naus para serem comercializados como coisas que se mexem com força de trabalho que não é nem remunerada e que a sua moeda de troca são açoites, maus tratos, humilhações. Feridas profundas que até hoje revereberam na alma dos seus descendentes.
Falar da dor alheia pelo outro que a sofreu ou sofre é uma apropriação, é um ocupar o lugar de fala de quem foi mal tratado e silenciado, Receber apoios finaceiros, bolsas de pesquisa para falar de pobres, de explorados, de seres humanos de outras matrizes e descendêndencias identitárias requer ética. Essa ética é trazer esses seres humanos para o nosso projeto, eles tomarem com protagonismo o seu lugar de fala e de preferência dialogarmos sobre o que nos atravessa em comum ou não e como estarmos mais juntos duma forma empática e respeitosa. E obviamente serem dignamente remunerados.
Agradeço profundamente à roteirista e cinesata Ceci Alves, mulher negra nordestina e ao cineasta indígena Hugo Fulni-ô, a oportunidade de participar das suas oficinas dentro da programação Cine Sesc.
Seguimos escutando, observando e dialogando.
Quanto ao poema (?!) de cima, certa vez, lá pelos meus 9 anos, a minha mãe levou-me ao escritório dos correios onde trabalhava que ao que parece era um antro de mesquinharias internas, egozitos de assalariados que se chocavam. Passamos pela sala dum sujeito seu colega e eu, ingenuamente, ao ser apresentada disse:" Ah! É aquele homem que tu falas lá em casa!" Ahahaha. Ela ficou verde, livida, transparente... Depois disse-me que não era para eu comentar o que se falava em casa. Eu nem lembro o que ela falava dele... Talvez que ele fungava muito ao carimbar os papeis ou que controlava os passos dos outros colegas e queria mandar mais do que era suposto. Sei lá! Sei que enquanto puder detectar ambientes insalubres de trabalho e cair fora, de preferência com tranquilidade sempre que possivel vamos lá. Cuidar do nosso bem estar interior é fundamental, caso contrário viramos escravos de situações, condições que nos tornam algozes de nós mesmes. E isso vai-nos adoecendo por dentro até se manifestar no corpo.
Resumindo e concluindo: valorizar o trabalho de outrém, não só na palavra mas também na moeda de troca tenha esta o formato que tiver, valorizar a existência de outrém é básico mas precisamos de continuar a falar sobre isso porque existe aí uma galerada que esquece por conveniência. " Ai! Eu não percebi que você, ou tu, é uma trabalhadora, artista, mãe solo de duas filhas e que não recebe apoios do Estado do seu país e os pais das crias são totalmente ausentes." Eh pá! Vamos nos deixar de novelas , voyerismos, curiosidades da vida alheia em redes sociais, opinismo não solicitado seja de familiares, amigos e desconhecidos e vamos ser gente com mais justiça no coração e na ação. Assim seja . Assim é.
Hasta pronto!
A Piu
Br, 12/11/2021
* https://istoe.com.br/sombra-e-revolta-no-alentejo/
obs: aqui vai uma matéria sobre a atual escravatura no Baixo Alentejo/ Portugal para com migrantes https://jornalismodocumental.pt/trabalho-escravo-nos-campos-do-alentejo/
quinta-feira, 11 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - IX - fala aí qual é a piada!
terça-feira, 9 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - VIII
sábado, 6 de novembro de 2021
HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - VII
Honrar as minhas raízes é honrar seres humanos, não é honrar monumentos, narrativas muitas delas duma neurose coletiva que urge curar, fobias nossas e alheias. Sim, precisamos de nos curarmos de nós mesmes, mas isso não se fala interruptamente porque se não vira cliché, chavão politicamente correto esvaziado de conteúdo. Precisamso, meditar, fazer escolhas conscientes, elevar a vibração. Tudo isso é muito verdade, mas quando muito discursivo a coisa dilui-se na maré. Mas agora deu-me aquele impeto épico da nova era para fazer esta poesia, poderão achá-la utópica, ridicula, frase feita, mas eu também não me importo. Se acharem um tanto engraçado e tocar um cadinho no coração já 'tá valendo. Essa mistura fina de fazer rir e comover ao mesmo tempo é um pontinho de caramelo que eu sempre ando à procura. Posso saber faze isso com pessoas próximas a mim, com as mesmas referências e humores, mas alcançar esse ponto fora da bolha é que requer atenções várias. Como foto ilustrativa coloco aqui a minha filha recém nascida há 16 anos atrás no colo de seu pai. Honrar as pessoas é guardá-las no coração, mesmo quando a relação intima tenha chegado ao fim há muito tempo atrás. Isto para mim! Claro! Honrar é invocar esse respeito sem recorrer ao ex ou à ex para meter ciúmes aquela paquera na hora de algum questionamento que abana. Ihihih Riu, porque rir faz bem e se for para rir com intuito de chamar a atenção que isso não é fixe legal nem para a própria pessoa nem para a pessoa usada como motivo de pirraça, por respeito também a esta. Todos nós damos umas mancadas, mas se nos avisarem e não levarmos a mal fica tudo muito mais leve e verdadeiro. Questionar e sermos questionados, cientes da nossa intenção, não será um ato de amorosidade?
Lá vai poesia de sábado à tarde num calor de 31º:
" Chegará o dia que nem a nossa cor, etnia, nacionalidade, sotaque, género, escolha intimas e sociais serão mais pauta de afirmação e reinvidicação por respeito e fim ao preconceito.
Chegará o dia! Chegará o dia que tudo é quase perfeito porque não existe mais preconceito.
Que eu sei quem eu sou; que vim antes da minha filha e muito depois do meu bisavô."
Pronto, por hoje é isto para ficar leve neste dia abafado. Com esta poesia sinto-me um pouco o Adrian Mole no seu diário intimo aos 13 anos e 1/4 de idade. Mas bora lá! Depois continuo a saga sobre os encontros, desencontros e novamente encontros entre povos deste mundo da dimensão em que nos encontramos, deste mundo Uno, colorido, diversificado num chamado para ser curado. Fazendo cada um, claro, a sua parte. Chegará o dia ou o dia já chegou?
Ô reboire galerada do bem!
A Piu
Br, 06/11/2021