É comum ainda, no Brasil actual, a imagem do português justaposta ou associada ora ao trabalhador “burro de cargas”, ora ao comerciante ávido de lucro e riqueza, ora ao colonizador a quem se deve atribuir senão todas, grande parte das mazelas do país; ora ao sujeito tacanho e ora, afinal, ao “burro”, na linguagem local, aquele que tem dificuldades para entender as coisas, pois faltam-lhe “ginga” e ‘malandragem” brasileira, tema recorrente no anedotário popular. (...) A imagem de Portugal mais moderno e membro da União Europeia é recente, produto, sobretudo, dos media, do turismos e do recente aumento da emigração de brasileiros para Portugal e da vinda de grandes investimentos portugueses para o Brasil. Mansur da Silva, Douglas "A oposição ao Estado Novo no Exilio Brasileiro 1956-1974, ICS, Portugal, 2006
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Sou da geração sem remuneração
E nem me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
E nem me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Que para ser escravo é preciso estudar.
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Que para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração 'casinha dos pais',
Se já tenho tudo, para quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Se já tenho tudo, para quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração 'vou queixar-me para quê?'
Há alguém bem pior do que eu na tv.
Que parva que eu sou!
Sou da geração 'eu já não posso mais!'
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Há alguém bem pior do que eu na tv.
Que parva que eu sou!
Sou da geração 'eu já não posso mais!'
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
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