Até à data não me posso nunca comparar com alguém que vive na favela. Tempo algum. Conheço a favela e algumas que aí vivem e seria um desrespeito para com esses seres humanos comparar as minhas dificuldades com as deles. Posso não esquecer quais as origens dos meus avós, mas eles não viveram na favela. Eram pobres materialmente, mas não viviam na miséria. Conheço pessoas que vivem na favela, ricas enquanto pessoas, assim como conheço ricos, não muitos porque não há paciência, que são paupérrimos em conteúdo.
Nem posso comparar a realidade de onde venho com a brasileira, pois o Brasil é dos países mais desiguais do mundo em vias de deixar de ser. Muito trabalho pela frente. Estamos juntos.
Nem posso comparar a realidade de onde venho com a brasileira, pois o Brasil é dos países mais desiguais do mundo em vias de deixar de ser. Muito trabalho pela frente. Estamos juntos.
Estudei e estudo muitas vezes com bolsa de estudo e se assim não fosse quase seria impossível. Sempre fui trabalhadora prestadora de serviços, logo precária, e nunca recebi apoios sociais e abonos de qualquer espécie. Vim receber no Brasil. Obrigada Brasil e todas as pessoas de coração que tenho encontrado por estas terras! Não assino por baixo do assistencialismo, mas assino por baixo das iniciativas governamentais que apoiam, promovem a educação e a dignidade laboral. Seja aqui seja em Katmandu.
Ana Piu
Brasil, 21.03.2015
Brasil, 21.03.2015
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