sexta-feira, 6 de março de 2015

CARTA AO FREUD (série 8 de Março)


Querido Sigismundo, o mundo ainda anda na loucura de como tu o deixas-te. Não poderei falar de todas as mulheres, mas de mim e daquelas com as quais me identifico.
Afinal o que nós todas e nós todos queremos é Amor. Todos nós queremos ser Amados, sem exceção. Só que tem vezes que somos mais atrapalhadas e atrapalhados que outras.
Afinal o que eu quero é que a vida não fique só no plano das ideias. O Platão devia ser um gajo muitoooo chato. Ele e os seus amores platónicos. Que a vida seja a pulsação do coração e do corpo dançante.
O que nós queremos é ser valorizadas, respeitadas e livres. Não queremos competir, pois isso já é uma relação de domínio com a qual eu não me identifico e considero deprimente.Queremos seres humanos instigantes e inspiradores que não vejam no outro algo descartável e coisificado. Sim, somos diferentes dos homens e somos diferentes entre nós. Assim como somos iguais aos homens e iguais entre nós. O que afinal quero é uma forma de estar mais libertária, sem relações de dominio. E não se confunda, querido Freud, libertário com libertinagem. Porque se o primeiro contempla o cuidar das relações a segunda é a leviandade no seu expoente máximo.
abraços e beijos de amizade, porque ser amiga de um homem simplesmente é fixe, bacana, legal
Ana Piu
Brasil, 06.03.2015

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