sexta-feira, 20 de março de 2015

ANÁLISES DA VIDA SOCIAL PELA HANNA SCHELEKA CAGANINI PIUSOVSKI STRAUSS

Existe a classe média trabalhadora, aquela em que o pessoal vive dignamente do seu trabalho sem explorar ninguém e reconhece que a igualdade e os direitos de cidadão são fundamentais para o funcionamento de uma sociedade que se deseja sã.

Depois existem os filhos dessa classe média, umas vezes remediada outra endividada, que hoje no caso sul europeu está na mérdia. Mas com jeitinho a coisa até vai. É preciso é não esmorecer e manter o olhar pousado no horizonte.

Existe ainda a classe média, que coitadinha que já não pode ter três carros à porta e tem dois e meio. O meio é o carrinho de bebé que custa um dinheirão.

Existe ainda classe média abastada, que dificilmente vive honestamente do seu trabalho. Mãozinha daqui, mãozinha dali sai sempre com vantagem. Ou então herdaram a fortuna dos seus avós e hoje podem se dar ao luxo de serem alternativos. Porque não? Desda que não enganem ninguém e até possam dar uma força!

Depois existe a classe mérdia. Pertence à classe mérdia aqueles que mesmo não tendo onde  cair mortos defendem os direitos de quem os explora porque sonham um dia ocupar esse lugar, como aqueles que acham que tem o rei na barriga porque frequentam lugares diferenciados que não passam de presídios de luxo. Dá tanta preguiça debater com a classe mérdia que o melhor é comer um caldinho verde para acalentar o estômago e o verde é sempre aquela esperança que isto não dê molho e que não tenhamos de levar com a cafonada da classe mérdia, que acha que o Paulo Freire é um ator da novela das oito, no caso o mau da fita. E que acha só porque já esteve em Miami e subiu à Torre EIffel conhece o mundo. Uns nem isso, mas há que manter as aparências. Ai classe mérdia, classe mérdia. Até um pobre inocente fica arrepiado!


Ana Piu
Brasil, 20.03.2015





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