segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

HONRANDO AS MINHAS RAÍZES - XXI



 
Pronto! Aqui estou eu com a idade de uns 13 ou 14 anos com uma amiga que conheci no Verão num acampamento de férias no meio da natureza. Sim, sim. Olha essas duas! Umas betinhas! Umas patricinhas! Umas filhinhas de mamã e do papá. Para adiantar, atalhar caminho, não tenho mãe desde os meus 11 anos ( e dispenso suspiros e exlamações: " Ai coitadinha!...." Gratinados pelo entendimento), segundo nestes acampamentos nós lavavamos a nossa própria roupa à mão e cantavamos ao redor da fogueira com o tal de violão " Vejam, bem" do Zeca Afonso, se não conhece não tarde em conhecer principalmente os defensores dos direitos trabalhistas em conhecer este compositor canto autor português que canta pela liberdade e independencia de África. Ai! Ai! Vamos lá conhecer para não passar por reacionário em Portugal, principalmente quando adota narrattivas neo liberais( " Agora o Brasil é um país emergente e bora usar o cartrão de crédito até às últimas. Agora já não é. Agora Portugal é bom demais mesmo que não saiba quase nada acerca desse país e do povo que lá mora. Agora Portugal não é nada daquilo que eu pensava e mesmo assim o Brasil.... Mas morar na Europa mesmo estando no rodapé da ilusão dá glamour.")
Sim, aqui estão duas jovens adolescentes portuguesas nos idos anos 80, quase a chegar à queda do muro. Somos novinhas. Sim. Mas as novinhas devem ser respeitadas, assim como as novinhas não se vão manter novinhas para sempre. Isso é a vida. Nascemos, somos bebés, depois crianças. depois adolescentes, jovens, jovens adultos, jovens de meia idade ou meia idade envelhecida na juventude, entradotes ou idosos ainda nos trinques, mas outros já mais afanados. E assim vai.
A grande sacada é irmos alimentando a jovialidade que é aquele prazer de não nos esquecermos do que nos faz sorrir nas entranhas de verdade: brincar de igual para igual. rir dos nossas próprias mancadas e do que nos oprime, olhar nos olhos e silenciarmos-nos assim como nos atentarmos quando, por exemplo, dois irmãos disputam e fazem as pazes, pelo memos aparentemente. Eu aqui com a minha amiga que também se chama Ana passávamos por irmãs. Nunca mais a vi depois desse Verão. Umas irmãs dum só Verão, vá. Mesmo assim um irmão ou irmã de sangue ou de laço familiar é para vida e coisas precisam se resolver: uma delas respeitar as mulheres, sejam estas novinhas ou entradotas, entrando para a idade maior vá. E respeitarem-se entre si. É o minimo. O básico dos básicos. O resto... O resto é treta.
É tão bom vivermos sem tretas, pois não é? Fala a entradota jovial. Ihihih
Finalizando: espero que esta minha amiga da adolescencia ainda seja viva e se sinta feliz e respeitada pelo facto de Ser. De ser ela e de ser mulher, tenha olhos azuis ou pretos como carvão. Coisas básicas que precismso de vez em quando de lembrar para não esquecer.
Beijus igualitarus
A Piu
Bidon Gerad, 13/12/2021

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