sábado, 25 de dezembro de 2021

AQUELE ABRAÇO


" Em bons ou maus lençois, neles te deitarás." Eis aqui um ditado popular profético. 

Este lençol que aqui vos apresento é um portal de libertação. ( Agora também dei aquele ar profético de caminho da luz. Não liguem, mas liguem sem cristalizar, congelar estes reflexões, que espero que não sejam achismos. Se forem avisem! De verdade! Das maiores armadilhas é tomarmos os nosso achismos e preconceitos como verdades absolutas, com a intenção ou pretensão de sermos... sei lá!... Revolucionários, ativistas, militantes, bons cidadãos, bons qualquer coisa para a nosas comunidade e bolha.)

Este lençol é uma parte infima, mas também grande, do trabalho realizado este ano que transita entre a arteterapia, a arte educação e o teatro de formas animadas, teatro lambe lambe e a palhaçaria, a palhaçada ou a arte d@ palhaço ( como quisrem chamar). Para mim ser cidadã é ser brincante com reflexão e tornar a reflexão algo leve mas também com o seu peso. Leviadade é coisa lixada... Tira-me do eixo. Niguém é perfeit@.A leviandande deixa-me com "ozolhos" tortos e o miolo bagunçado... Ninguém é perfeito...

Neste lençol pintei cravos da revolução do 25 de Abril de 74 da minha terra natal, Portugal, pintei uma mulher ruiva de cabelo crespo com olhos da cor do planeta terra, pachamama para muitos,  pintei por pintar, trigulos inspirados na  cosmovisão gráfica amerindia. Pintei pelo prazer de pintar sem pensar no que iria pintar. Grata arteterapia e arte educação que abriu essa porta à tanto fechada pelos meus bloqueios internos e sublinhados por uma professora de artes visuais que aos meus 16 anos chantageou: "Se seguires artes visuais eu reprovo-te este ano." Resultado: fui par artes cênicas, anos mais tarde retomei a paixão pela escrita quando me enconttrei num ambiente académico para mim inóspito por ser cheio de regras e alguns karmas faxixi próprios dos meritocratas. Alguns até teem aquele grandes jipes urbanos com uma roda supelente coberta com o rosto do Che Guevera. Há de tudo nesta vida e vamos-nos avisando sobre tal.

Acabei de assistir ao documentário " Feminino Cangaço"  dirigido por Lucas Viana e Manoel Net. Agora dei aquela pausa para um documentário que já assisti há uns anos na Cinemateca portuguesa em Lisboa: 'As armas do povo, 1975¨realizado por José Fonseca e Costa, José de Sá Caetano, Eduardo GeadaAntónio EscudeiroFernando LopesAntónio de MacedoGlauber RochaAlberto Seixas Santos,Artur SemedoFernando Matos SilvaJoão Matos SilvaManuel Costa e SilvaLuís Galvão TelesAntónio da Cunha TelesAntónio Pedro Vasconcelos e Ricardo Costa[

Sim , ainda estou resentida com aquela artista, trabalhadora, e a creito que honesta na sua trajetória, mulher, mãe, brasileira que foi para Portugal e cuspiu virtualmente em mim, como poderia ter escarrado em cima de outra portuguesa, artista,. mãe por lhe ter perguntado sobre onde estva a sua solidariedade com o povo português antes dela se deslumbrar com o facto de os policiais portugueses não ostentarem armas na via pública nem levantarem suspeitas de mal tratarem "camufladamente" os negros e e migrantes. Tratou-me como uma branca privilegiada invejoa sem me conhecer pessoalmente, Enfim.. Coisas da virtualidade e dos tempos liquidos ondes as pessoas se malt tratam gratuitamente e se descartam mesmo quando as outras as alertam para as lutas anti fascistas protagonizadas por pessoas próximas e queridas. Vou ser sincera: é uma pirralha a quem eu desejo que se seja bem sucedida na vida mas que tenha a oportunidade de enfiar a cara no chão e passar um outro aperto, frito da falta de solidaroedade por serr estrangeira, para baixar a bola e amadurecer. Assim como deixar de escarrnecer nem desmercer parcerias entre mulheres, principalmente suas conterrâneas,; mas que fica por outro lado de ego enaltecido com brancas brasileiras das artes que a bajualm porque esta é pupila delas. AS MINHAS RAÍZES SÃO ALENTEJANAS, PÁ! SOU COMO UM CACTO DA PLANICIE, TAL QUAL A CANGACEIRA NORDESTINA MARIA BONITA. Cheia de espinhos por fora e leite docinho por dentro, como dizia um professor de palhaçaria André Riot Sarcey. Grata, André por me enxergares na plenitude do fazer artístico e humano.

Bora aprender juntas e sermos mais humildes?  E essa de atacar e rebaixar outra mulher no seu fazer artistico e intelectual  por ser branca e mandá-la para África, sendo que eesta se diz preta mas trambém é branca,  sem a conhecer pessoalmente não cabe. NÃO CABE MESMO, ISSO É UMA DISTORÇÃO DAS LUTAS E DAS SOLIDARIEDADES. Sim, é só um infimo exemplo do ranço, algumas vezes camuflado por conveniência e interesse individual. Grata na mesma. Não és a única e tu tiveste a capacidade de te revelares.  Embora eu tenha muit@s amig@s  brasileir@s querid@s de verdade. Neste natal confirmei e estou muito grata por isso. Manu, Nati, Paula, Thiago, Amanda, Thais, Adelvane, Magda, Mariana,  Marcia, Alexandre, Rosi, Darko, Helena, Duba, Rogério, Chico, Dehm Dehia, Vini são pessoas que eu considero amig@s de coração. Daqueles com quem posso contar e podem e podem contar comigo. 

 Estou quase com 50 anos e adoro, adoro mesmo, a idade que tenho. Estou-me a tornar uma bruxa, como sempre fui, de estar de boa mas não pisem muitas vezes os calos. 

Para finalizar, quero homenagear tod@os os portugueses e portuguesas anti fascistas que lutaram e lutam pela liberdade seja em território português ou fora deste. 

Valeu! Aquele abraço!

A Piu

Br, 25/12/2021



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