E perguntou-me: que público é esse que não está habituado ou desabituou-se de assistir a espectáculos? Que público é esse que simplesmente se habituou a um determinado tipo de espectáculos? Qual a sua exigência? Em que lugar coloca a arte e os seus fazedores? Tem direito a exigir?... hhhmmm. Talvez. Aaaaahhhh porque nós temos de dar o que o público quer ou que está à espera? E quanto à arte do palhaço… divirtam-me! A mim e às minhas crianças. Às minhas crianças principalmente que eu assisto de óculos escuros, dormitando. Não me comprometam nas vossas brincadeiras. Que brincadeira é essa? E que compromisso é esse entre o que o público quer e as inquietações dos artistas? Artistas? Que público é esse que considera artistas só os que aparecem na tv? Que artistas e público são esse que se lhes escapou reivindicarem a existência do ministério da cultura e a sua extinção? Entre a cultura do supermercado o subsidio dependência de meia dúzia de amiguinhos, uns com mais mérito que outros, existirá um espaço para os criadores? Que artistas são esses? Investem ou não na sua criação?
Passo por Évora. Por Palmela. Por Lisboa. Pelo Porto. Passo por Portugal e aceno. Digo: até já! Contem comigo para o que precisarem! Mas desta vez para se mudar o capítulo da história, com ganas. Com o tal rigor e generosidade elucidado por uma professora em terras brasileiras.
Talvez seja o partilhar de momentos, de pensar e fazer juntos mais relevante. Mais do que pretender ensinar querer aprender. Mais do que achar que dois dedinhos de conhecimento já chega, desejar saltar ao eixo para lá do imaginável. Começar a dar cor aos cansados luxos que tão falsamente dourados foram estalando.
Todavia, contudo, no entanto tiro o meu chapéu, a minha boina, o meu lenço a quem existe e resiste ao longo de anos, trabalhando e criando nas condições nem sempre favoráveis.
Bom, e aqui vai um abraço especial para os quixoteanos Pim taí! Estamos juntos!
A piU
24 DE Julho de 2012-07-25
Évora/ Portugal, Julho de 2011
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