segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

DE QUE FALO QUANDO FALO DE FALO

Antes de tudo, primeiramente... Fora!...




... com a ideia de que querer jogar fora a lógica falocêntrica é estar contra os homens no geral e/ ou no particular. Nada disso! Pelo contrário!! Muito pelo contrário memo memo memo memo! Ao pesquisar sobre falocentrismo, misoginia, narcismo dei-me conta dum campo vastíssimo de reflexão em cima de práticas milenares que duma forma ou outra são naturalizadas!!! Logo, um ano depois daquela viagem alucinante daquela bad trip que foi a campanha ali pertinho da Natal, o que poupou muitas preocupações em conseguir presentes para amigos secretos e almoços e jantares que em vez de serem reuniões familiares boas são uma grande estupada, um fardinho mais pesado que a sacoleta do papai Noel, estamos aqui para olhar de frente essa coisa que se chama e se pratica há umas mãozadas de tempo pelo planeta terra inteirinho: falocentrismo. E confirmar que no Brasil elegeram um misógino. 'Tá! Temos esse abacaxi em mãos. E o que esse abacaxi refelete da nossa conduta que quase sempre achamos que é justa e correta?

Quer queiramos ou não o falocentrismo, por ser uma lógica de dominação através da cassetete é uma lógica faxixi, mesmo quando se jura a pés juntos que não se é faxixi. E o que é um faxixi na cueca gasta, rota e velhinha? É alguém que não suporta o diferente que é também ele. " Eu sou eu e sou o outro" como escreve o poeta. Um faxixi se auto nega. Persegue todo o tipo de ser humano e ser vivo pelo simples facto de ser.  Não suporta pobres, negros, amarelos, marrons, rosinhas, arco iris, seres com outras crenças religiosas, espirituais e ideológicas. E como cereja em cima do bolo tem um enorme horror a mulheres. Olha-as, mas não as olha. Apreci-as até um certo ponto para as subjugar. Se uns se enojam profundamente com a genitália das meninas, mulheres, moças, no caso alguns homossexuais que para afirmarem a sua orientação sexual afirmam o seu nojo pelas vaginas das mulheres - ver artigo " Repita comigo: Você não precisa de odiar vaginas para ser gay"; outros gostam de se lambuzar nas vaginas das mulheres, meninas, moças mas desprezam-nas. Aí passamos ao termo misoginia.


Assim sendo vamos dar então inicio a uma série de textos que contemplem os homens, mulheres e todos os seres com variadas vertentes de assumir o seu corpo, orientação sexual, desejo e prazer. Pois o tema é vasto e requer uma narrativa onde o foco seja nos emanciparmos, porque como o outro diz:
" O ódio é um veneno quando o bebemos." Resumindo, concluindo e enxugando: não entrar no jogo dos odiosos que muitos de nós critica já é um caminho de paz. Mas precisamos de nos avisar uns aos outros que este paradigma do falo, onde no pacote vem o desprezo pelo feminino e sua perseguição algumas vezes nefasta, é urgente erradicar. Existem muitos estudiosos que falam de falocentrismo e misoginia e suas curas. Desde Leandro Karnal, a Maria Homem, Marcus André, Marie Hélène Brousse, Sérgio Lima e outros. Pessoalmente é muito importante escutar os homens ao invés de demonizá-los. Os homens também saem desfavorecidos dessa lógica uga uga que é o falocentrismo.
Uns dizem que misoginia não tem cura, outros dizem que as pessoas sempre podem tomar consciência desse seu desvio comportamental e fazer diferente. Fica aqui ainda um adendo para quem eventualmente tem um comportamento mais ou menos misógino: existem pessoas que se preocupam com vocês e vos amam incondicionalmente, mesmo que não estejam de acordo com esse comportamento. Inclusive podem ser outros homens. Amigos, familiares, também terapeutas. Não meçam força com eles, não compitam com quem vos ama. Antes de tudo não cmpitam com a própria sombra. A competição é uma das características do falocentrismo que desvia o ser do seu auto conhecimento. Agradecer a quem nos quer bem ao invés de ludibriar e zombar é um caminho de libertação das nossas prisões internas. ;)

 Então o caminho mais razoável, no meu ponto de vista, é pedirem ajuda ao invés de se submeterem a processos judiciais. Porque a lei existe. Mas não é mais razoável olhar para o sofrimento que trazem dentro de si e que mina tudo à volta? Isso sim é um ato de coragem! Diria até viril no sentido saudável do termo. Ter a coragem de se curar e agradecer aqueles que torcem pela sua cura. Sim, o machismo, a misoginia, o falocentrismo são maleitas psicológicas e sociais que precisamo olhar de frente e erradicar com sabedoria sem que outros ou outras precisem de recorrer a instâncias maiores.

Moral da história sem moralismos: Quando respeitamos a escolhas de terceiros, por exemplo que a pessoa não quer se envolver connosco ou queria mas já não quer , quando respeitamos os próprios terceiros, mesmo que estes nos causem transtorno em algum momento pelos seus caprichos de ausência de entendimento de que amar não rima com perseguir doentiamente e controlar, tudo fica muito mais leve. E aqui para nós que alguns nos ouvem e leem - viva o hábito de ler!!- UM DIA AINDA NOS VAMOS RIR DE TUDO ISTO PORQUE NÃO FAZ MAIS SENTIDO FALAR DE TUDO ISTO!!!!

Beijinhos, abraçolas e até à próxima publicação!!!

A Piu
Brasil, 02/12/2019


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