quinta-feira, 7 de março de 2019

Sou a primeira mulher da minha linhagem a ter liberdade de escolha. A construir o futuro com bem entender. Dizer o que vier à minha mente quando quiser. Sem ouvir o barulho do chicote. São centenas de primeiras vezes pelas quais sou grata, cenas que minha mãe e a mãe dela não tiveram o privilégio de viver. É uma verdeira honra. Ser a primeira mulher da família que pode sentir os seus próprios desejos. Não é à toa que quero experimentar esta vida ao máximo, antes de mim tenho gerações de barrigas famintas. As avós devem estar gritando de tanto dar risada. Reunidas em volta de um fogão de barro lá do outro lado. Bebericando masal chail leitosa em um copo fumegante. Elas devem achar uma loucura ver uma das suas mulheres vivendo de um jeito grandioso. - Rupi Kaur
Amanhã comemora-se o dia Internacional da Mulher. Muitas coisas ainda estão por repensar em relação à emancipação da mulher e satisfação dos seus desejos e realizações. Escrever, refletir, falar sobre o que é ser mulher, trabalhadora, mãe, amante e outros papeis. Essa de ser mãe e ser amante será o próximo texto só para iniciarmos uma certa desconstrução de preconceitos em relação à maternidade . Separar águas e uni-las com sabedoria é um grande passo para a emancipação das relações que se querem saudáveis. Só para degustar: uma parte considerável das mulheres/ mães procuram um companheiro ou companheira do qual não sejam mães d@s mesm@s e sim companheiras. Também, muitas de nós não procuramos pais para os nossos filhos. Outras procurarão. Mas muitas de nós deseja, quanto muito afeto ou simplesmente respeito pelos nossos filhos que muitas vezes até já são crescidos e não estão nem aí para os companheiros e companheiras dos pais. Então essa de estigmatizar a mulher ou o homem que tem filhos vai de fazer a leitura mútua dos quereres.
A Piu
Br, 07/03/2019


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