terça-feira, 19 de março de 2019

MARCO- UM MARCO NA HISTÓRIA

Quem se lembra do Marco? Aquele melodrama em desenho animado que passavam às crianças na década de 70/ 80? Uma choradeira ca criança ficava sem saber se aquilo era realmente para a idade dela. Marco, uma criança, cuja mãe emigrava da Itália para a Argentina, e ele ficava para trás com o seu macaquinho, na sua humilde casinha. Ainda bem que eu tenho memórias vagas do navio a partir e ele, o Marco, como uns grandes olhos em estilo Manga a lacrimejar e em busca desesperada pela mãe. A música de entrada era: " Não te vás embora mamã! Não me deixes aqui! Adeus mamã a ver se me lembro de ti!"

Enfim, quantas mães deixaram para trás os seus filhos por faltas de condições na esperança de um dia revê-los? Quantas mães levaram os seus filhos enfrentando marés e tempestades? Não se trata de certo nem errado. O que se trata é de olhar para isso, não como um mero desenho animado, e sim entender onde as mães têm ou não apoio para continuarem a serem mães. Esta história passa-se no final do século XIX. Sendo baseada em histórias verídicas ou não ela é credível, porque com certeza aconteceu e acontece a muita gente. E ao invés de olhar com desprezo, e alguma vez escárnio, para quem está resiliente ou com aquela caridadezinha que reforça uma relação de superioridade não olharmos com olhos de gente de verdade e perguntar: ' Em que posso ajudar dentro deste sistema capitalista que o que conta é o lucro e o status, passando verdades falaciosas pela mídia em que pinta os países em alta ou em baixa?"

A Piu
Bólhan Gerralden's 19/ 03/2019


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