Eh pá! Acabei de fazer uma rima ao querer iniciar este texto com aquele famoso poema do meu conterrâneo, tanto de país como de cidade, Fernando Pessoa! " Todas as cartas de amor são ridículas".
" O erotismo é poesia. O resto é pornografia." Fui eu que escrevi ainda agora, aqui ao computador! Até parece aquelas frases do Paulo Leminski!!!!
Será que alguém já fez esta rima? Desconheço... Mas vai que! Vivemos no mesmo mundo e muitas vezes em universos oníricos semelhantes.
Quem nunca escreveu cartas de amor? Declarações. Eróticas ou não, mas declarações como quem diz por outras palavras: "Gosto de ti! Acho que gosto de ti! Posso te ver para confirmar? "
Quem nunca? Cri cri cri! Nem sabeM o que perdem! Por vezes podemos acertar no alvo errado, mas também podemos acertar no alvo certo. Por isso as cartas de amor podem ser ridículas. Acertar no alvo certo acontece quando o outro lado, quer nos corresponda ou não, sorri e acolhe. Já no alvo errado acontece a pessoa achar que pode vulgarizar a carta e mostrar a outros em tom fanfarroneiro e ainda, atrás duma identidade falsa, tentar confirmar se nós escrevemos cartas de amor e/ ou eróticas para outros num estalinho de dedos.
Bom... Isso só significa que a pessoa transita ente a insegurança e a vaidade. Daí, podemos eventualmente ficar um tempo, por vezes até anos, a tentar entender o que aconteceu. No final, ao invés de catalogar o outro como ridículo, que até até pode ser como nós somos ao nos declararmos, percebermos que a pessoa não estava preparada para um gesto de afeto mais arrojado. Paciência. Há quem goste e não chateie tantos os miolos. Porque as cartas de amor são para se consumarem, caso contrário seguimos o exemplo de Fernando Pessoa que vivia um amor platónico com a Ophelia. Mas isso era lá com ele. Uma beijaça na pessoa certa valem mil cartas de amor ao deus dará.
A Piu
Buuuu lhon Giralden's 19/ 03/2019
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