quarta-feira, 1 de julho de 2020

série: ALGUÉM VIU A SORORIDADE PASSAR POR AQUI E FICAR?

Hoje vamos falar de sororidade, assunto tão caro de termo tão relativamente recente. Para mim é. Para voceses, não? Estou aqui aberta como uma ostra para aprender! Aquelas ostras que quando um grãos de areia e outras inconveniências parasitárias entram dentro da conchinha cria-se uma pérola, transformando dor em amor. Pronto, podem levar o roteiro e fazer cada uma e cada um à sua maneira!Aha isso é sororidade, é termos uma ideia e partilharmos com a galerada sem medo que nos roubem as ideias, porque quando há criatividade cada ser contará a sua história, com a sua visceralidade e verdade a partir dum tema comum que nos é caro, que é sermos compreendidas. Olhem, só para avisar antes de tudo e do mais multipliquem aí três vezes da idade da adolescência e o resultado sairá a minha idade. Eu imagino, que há uns anos atrás eu poderia ser eventualmente irritante para as mais velhas, por as tirar do lugar de conforto, mas hoje também poderei ser irritante e desconcertante para as mais novas que acreditam que o mundo está nas suas mãos entre uma bundchinha, um certificado com um titulo  ( em determinados recortes sócio económicos, claro) e uma imensa carência de ser reconhecida e amada mesmo que por um macho alpha que coloca eventualmente as mulheres umas contra as outras, numa ciumeira que só visto. Contado ninguém acredita. Umas puxam o cabelo, outras jogam um seio de silicone na testa da outra, outras ainda inventam casos e fofocage só para ferrar. Ihih Um pandemónio

Sim,muitas mulheres são competitivas, fofoqueiras, mesquinhas, invejosas e competitivas. E isso é o calcanhar de Aquiles que os machõszinhos se aproveitam. Pois se sabendo intimidados com a potencialidade do feminino curado tremem como varas verdes e ainda difamam que as mulheres que abrem peito são mal comidas e arruaçeiras. E existem mulheres, que na sua carência vão atrás destas balelas. Já outras  se achando tão sagradas e conectadas, mas que ao primeiro uivo duma mulher viram as costas porque consideram tal despudor ( burguesote e\ou submisso) nada iluminado e uma afronta, lá no intimo, com os homens e as regras de convivência. Outras sentem um terrível medo de uivar, nem um movimento para não contrariar muito menos irritar o algoz. Uma questão de sobrevivência....

Há que prestar atenção com quem podemos contar e quem pode contar connosco.  As acomodadas à sua iluminação transcendental de um olhar para dentro sem contemplar um olhar para fora, para as manas, assim como as que encontram mais vantagem num projeto de sucesso individual com parcerias individualistas, ou que a sua sobrevivência é mais importante que unir forças, é um campo de observação para que possamos atuar com consciência de classe, étnica e outros recortes que se insiste fazer nesta sociedade que precisa urgentemente  de ser curada. Primeiro pela reflexão, depois pelo riso que vem daí. O riso que subscreve a boçalidade, a ignorância, a indiferença, a vaidade, as ideias feitas acerca de tudo e de tod@s dá vontade de rir ou de.... O que tem a dizer sobre o assunto? Não precisa de dizer nada, mas podemos pensar juntes e fazer diferente. Num é mesmo?

BOA QUARENTENA DE RESILIÊNCIAS  MIL! Até a próximo texto!

A Piu
Campinas SP 01/07/20202

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