" Espelho meu, existem outros seres além de eu?" Não, esperem! Rima, faz sentido, mas 'tá com uma gramática estranha.... " Espelho estás a fim de me mostrar o que não se vê para mim?" Agora vai, agora é! Bora lá!
No texto passado falamos sobre sombras e luzes e iluminações sombreadas e a importância de não virarmos as costas para xs outrxs, tampouco julgar quem está ao nosso redor e até abrirmos mão de uma auto imagem lindíssima de boazinha e bonzinho, justa e harmoniosa. Cada ser aqui neste planeta terra, que alguns lembram-se de relembrar que é plano pois talvez tenham esquecido de colocar aqueles óculos 3D quando vêm imagens via satélite deste nosso querido e amado planeta, está num momento diferente de entendimento, de consciência. Por vezes até entendemos racionalmente, mas como a nossa intuição e a nossa energia criativa e de criação que celebra a vida nas suas múltiplas cores e sobras têm sido abafadas, reprimidas, ridicularizadas de forma pejorativa, nós ficamos aquém, prisioneirxs das nossas crenças limitantes e dessas nossas sombras marafadas. E que sombras são essas que ninguém se escapa, porém o grande desafio é termos consciência das ditas cujas para estas não tomarem conta de nós? Necessidade de controlar, como uma mãe ou até um pai super protetor, tudo e todos e não abrir espaço suficiente para os demais.
Agora vamos aquela sombra que daria e dá vários textos, reflexões e rodas de conversa: VI-TI-MIS-MO. O que é vitimismo? É colocarmos-nos no lugar de cotadinhe? Sim, podemos ser vitimas duma catástrofe, dum sistema politico e econômico e social que só visa o lucro de alguns e nos descarta como trabalhadoras e trabalhadores com uma facilidade como quem sacode a chuva do casaco. Podemos ser vitimas de relações abusivas, sermos vitimas de preconceito pelo simples facto da nossa cor, do nosso gênero, da nossa classe social, das nossas escolhas não ser bem vista por uma visão hegemônica do que é ser perfeite e bem sucedide. Vitimas duma lógica meritocrata que só vale quem vence na vida numa perspectiva capitalista, logo individualista e hierárquica, onde as parcerias se dão pela vantagem que trazem para o nosso ego. Então, sair do lugar da coitada, coitado e coitade é ganhar protagonismo diante de todas essas lógicas fazendo diferente, mesmo que o caminho não seja a direito e que algumas vezes precisemos de caminhar, escalar montanhas, atravessar desertos solitariamente. Pois com certeza sairemos com mais firmeza e encontraremos outros seres que buscam igualmente fazer diferente. Somos seres únicos e ao mesmo tempo interdependentes. Dormirmos de conchinha com nós mesmes é muito importante. Se formos boa companhia para nós mesmes e trabalharmos isso com compromisso, seremos boas companhias para os demais, pelo menos para aqueles e aquelas que se propõem a escutar, abrindo mão dos tais achismos. Um achismo é um preconceito camuflado de opinião que projeta no outro uma ignorância nossa.
Culpa. Essa sombra marafada que carregamos há milhares de anos e que foi impressa num livro que tornou a mulher submissa, bela, recatada e do lar retirando-lhe a sua potência, o seu sagrado, o seu poder de se colocar no mundo como protagonista. E as que se colocaram e se colocam sempre correm o risco de serem perseguidas, difamadas, mal tratadas e por aí vai. Culpa de não darmos conta de tudo como a super heroína mulher maravilha. Bom, mas esse assunto da mulher, mãe, companheira, amante e amada, assim como trabalhadora e outras funções fica para o próximo texto. Não saia do seu lugar.
Vamos à sombra INVEJA. Uuhhhhhhhhh. Quem não a sente?!?! Como a querida Júlia Ortega ala nos seus conteúdos no you tube sobre sagrado feminino. Não existe inveja branca. Ahaahaha. Inveja branca é aquela inveja que camuflamos com a nossa auto imagem de oura. Ihihih Inveja é inveja e todxs nós sentimos! A questão é ter honestidade de olhar para esse sentimento e perguntar onde precisamos de trabalhar a nossa auto confiança para nos realizarmos sem olhar de cara feia para as conquistas e felicidades alheias e até celebrar as mesmas! Ciumes também dá outro ou vários textos e rodas de conversa. Mas já adianto: " Não faças aos outros o que não gostas que façam a ti" Mas esse tema também fica para a próxima. Não sai do seu lugar! Sentemos-nos então com as nossas sombralhadas e penteemos-lhes o cabelinho e limpemos-lhes as remelas para conseguir olhar para o espelho e perceber o que nos pertence e o que não nos pertence sempre nos fazendo acompanhar da Sô Dona Honestidade!
Beijinhos e abraços virtuais e até ao próximo texto!
Ah e a revolução é pela espiritualidade, pela conexão com o nosso espírito, e não pela politicagem como dizia a avó da Júlia Ortega, ex comunista. Há que escutar as avós que são nossas heroínas, tenham sido elas ativistas ou não mesmo as submissas. As últimas ainda precisam de ser mais olhadas e lembradas para as honrarmos. VITÓRIA AO AUTO CONHECIMENTO!!!!
A Piu
Bolhão Geral Zen Kampines Sp 24/ 07/2020
Ilustração: Hauke Vagt
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