segunda-feira, 27 de julho de 2020

O QUE O TURISMO HISTÓRICO NÃO CONTA


Esta sou eu com quatro anos, quase cinco. Do meu lado esquerdo está o meu irmão com  sete anos, quase oito. Aqui estamos nós, como muitos e tantos da nossa geração que foi a primeira  crescer sem colónias do dito cujo império português, a visitar o tal do Portugal dos Pequenitos criado em 1940, inicio da segunda grande guerra pelo Tonecas Sal Azar faxixi que "orgulhosamente só" não participou dessa guerralhada mundial, mas defendeu com unhas e dentes até ao fim os seus lucrativos quintais africanos que de beneficio só uns poucos tiravam - assim sendo fica o recado para os equivocados que acham que o povo português se beneficiou com essa MER....da...mercadoria humana e de recursos naturais. Chuac chuac! SÓ O AMOR O CURA E AUTO CONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO É UM ATO POLITICO, PORÉM NÃO  NECESSARIAMENTE PARTIDÁRIO.

Esta sou eu em criança, e a minha profissão há décadas, não só como atriz mas como palhaça é de resgatar a minha criança interior dispensando infantilizações e levar essa arte ao máximo de seres humanos possíveis e sacar à distância vaidades e disputas que subscrevem a lógica patriarcal da competição, da comparação e do desmerecimento da nossa força de trabalho, conhecimento e sabedoria.

Esta sou eu com o meu irmão que tem uma vida muito diferente da minha, logo um modo de pensar e agir diferente, porém não deixa de ser O MEU IRMÃO. Eu acredito que as nossas origens remotas, a nossa ancestralidade vem dos bárbaros ( visigodos, vikings), dos celtas, dos mouros, dos romanos, dos judeus, dos francius napoleónicos e de todas essas mesclas de povos e gentes que atravessaram, disputaram e se estabeleceram nesse enclave inter continental peninsular. Eu nasci e cresci numa Península. A Península Ibérica, um tanto ou quanto de costas virada para a Europa, com vista para o mar olhando para lá do lá, onde se desenha na linha do horizonte África e o continente Americano.

Mesmo uma criança é maior que o Portugal dos Pequenitos, criado em plena ditadura fascista quando os meus avós estavam prestes a se casarem. NÓS SOMOS MAIORES QUE ESSA MENTALIDADE MESQUINHA, IMPERIALISTA PROVINCIANA E EUROCÊNTRICA! Eu falo por mim, claro. E nunca enxerguei a localidade onde cresci como sendo o selo Europeu, tipo: " Pessoal, gente, estou aqui na Abóboda, na Europa para o mundo!" Ahahhahah Vou se sincera: É muito piroso, cafona porque um deslumbramento  eurcentrico. E ninguém ou quase ninguém que é português se sente parte  da Europa civilizada. Ahhahah esse é outro texto para elucidar alguns equívocos. Ihihih

Moral da história: SOMOS MAIORES QUE A HISTÓRIA OFICIAL E TODOS ESSAS MANIAS DO EGO!!!


Beijussssss

A Narca, a coroa portuguesa de costuras do lado de fora
Bolhão Geral Zen Kampinas SP 27/07/2020

Sem comentários:

Enviar um comentário