Até há relativamente pouco tempo eu sentia que falar sobre Portugal no Brasil não suscitava um interesse por aí além, mesmo compartilhando pensadores, músicos, artistas plásticas da " minha santa terrinha". ( Santa terrinha ihihih )
Levei algum tempo, anos diria, a entender qual a ideia generalizada ( equivocada) que se tem no Brasil acerca de Portugal e até mesmo da Espanha e Itália. Uma grande maioria de pessoas com quem tenho conversado coloca estes três países no saco dourado e glamouroso da Europa, onde todos somos ricos como se vivêssemos todos de rendimentos e fizéssemos parte da galerada branca brasileira que vive em condomínios com criadagem. Enfim. Hoje por obra e graça do espirito tanto da mídia e especulação financeira politica algumas pessoas despertaram um interesse para um Portugal que aos poucos se levanta daquele ir ao fundo do poço, que muitos em terras brasileiras nem se deram conta, logo esqueceram ( não todos claro!) de serem solidários para com os emigrantes portugueses, que não ofereciam aparente vantagem em se ser solidário. A pessoa não ostenta prestigio e os seus bolsos não estão recheados nem de reais, euros ou dollares. Então existe aqui um ponto muito interessante e curioso: numa lógica neo liberal, logo individualista e por consequência meritocrata, quem não se encaixa nessa melodia ou é um(a) irreverente fracassad@ ou é alguém que está tão vulnerável e resiliente fruto dos efeitos colaterais das medidas neo liberais, que é fazer d@s trabalhador@s peças desprezíveis e descartáveis que muit@s acham que podem usar e abusar. A nossa autonomia financeira é muito importante, principalmente quando esta vem do nosso trabalho. Quem olha o outro como se não fosse trabalhador e sim filho de gente rica porque vem dum suposto país rico (?....) ou que a pessoa aceita qualquer coisa, nomeadamente desrespeito, talvez precise de se informar e quiçá conhecer esses lugares fora do circuito turístico e outros circuitos bolha. Conhecer os locais, digamos. Conversar com os mesmos. Ecutar o que estes tem para dizer. Escutar sem escárnio, convenhamos. Reconhecer a sua humanidade no outro. Fundamental.
Ontem assisti a este documentário espanhol: " Que c#o se passa? " - Recheado de entrevistas, este documentário lança um olhar crítico sobre a desigualdade de gênero na Espanha, movimentos feministas e sua tentativa de mudar a realidade.-
Assisti legendado em português de Portugal, porque gosto de ler e pronunciar facto e subtil. Só que desde os tempos mais remotos da minha existência como espectadora as traduções portuguesas, principalmente quando toca a palavrões, são muito puritanas. Ihihih Sonsas e insonsas. Eu levei tempo a entender o titulo em português: Que r#o se está a passar? Cri cri cri Coño significa porra, merda, cara#o AH! Que raio se está a passar? Raio?!?! Quem é que usa raio em Portugal? Quem fala: " Que raio se está a passar?" A minha avó dizia: " Raios o partam! " O que lembra aquelas frases da tragédia grega entre Deuses e Deusas. Também dizia " Rasta partiça!" Que é uma versão mais alentejana, logo mais cultura popular. A anterior é mais erudita. Ihihi
Assisti legendado em português de Portugal, porque gosto de ler e pronunciar facto e subtil. Só que desde os tempos mais remotos da minha existência como espectadora as traduções portuguesas, principalmente quando toca a palavrões, são muito puritanas. Ihihih Sonsas e insonsas. Eu levei tempo a entender o titulo em português: Que r#o se está a passar? Cri cri cri Coño significa porra, merda, cara#o AH! Que raio se está a passar? Raio?!?! Quem é que usa raio em Portugal? Quem fala: " Que raio se está a passar?" A minha avó dizia: " Raios o partam! " O que lembra aquelas frases da tragédia grega entre Deuses e Deusas. Também dizia " Rasta partiça!" Que é uma versão mais alentejana, logo mais cultura popular. A anterior é mais erudita. Ihihi
Eu traduzo para este filme que foi feito em pleno século XXI e que mostra como nós mulheres,seja em Espanha, Portugal, Brasil e outros países ainda temos salários mais baixos para ocupar o mesmo cargo, que somos penalizadas por assumirmos maternidade, que estamos sujeitas à brutalidade masculina: QUE MERDA É ESTA? Penso que faz justiça ao titulo original e à causa.
A Piu
21/02/2020
21/02/2020
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