sexta-feira, 10 de junho de 2016

BANANA SENTIMENTAL

Naquelas voltinhas próprias de panfletagem para a divulgação duma apresentação teatral, lá fui entrado nos novos espaços veganos que existem por estas bandas. Lugares bonitos com pessoas bonitas que vislumbram serem saudáveis. Sim, é legítimo. Nós somos o que comemos. Nós somos o que consumimos e absorvemos: a música, o que lemos ou não,  a poesia e a falta dela, as emoções que alimentamos ou desnutrimos e por aí vai. Mas, apesar de ser mais correto ser palhaço do que bufão de vez em quando eu dou umas viradinhas bufonescas, mesmo que umas vezes tente dar um cunho mais na linha da inocência do palhaço,. Mas outras?... Vai que vai com a bufonaria.

E agora questiono e reflito: ser alternativo da new age é ótimo, mas de vez em quando demanda o bolso recheado. Enfim, tem a linha dos alternativos que cultivam a sua horta e tem ainda a linha dos alternativos gourmet. Ambos têm estilo e depois de hoje deparar-me com uma BANANA SENTIMENTAL no cardápio de um desses lugares fiquei a imaginar uma banana que em solidariedade aos seres vivos com batidas cardíacas falava numa outra esfera espiritual ao degustador: " Eu sacrifico o meu corpo, a minha existência para saciar a tua fome, mas não te esqueças que eu tenho sentimentos! E quando tirares a minha casca faz com delicadeza e atenção porque hoje tá muito frio!" Da minha parte considero que é muito importante dar voz a uma banana, pois elas também tem sentimentos. Oh! Veja-se as amoras da Vovó Donalda que cresciam junto à sua janela por ela cantar para elas com muito amor. O pior é quando vinha o bode comilão que até cadeiras comia. Mas pelo exemplo, deve ser um bode vegano muito à frente, porque depois de ter percebido que as amoras têm sentimentos hoje só come cadeiras. Da minha parte ainda trago o perfume nas mãos daquele sorvete vegano com sabor a abacaxi e gengibre com cidreira e laranja que não resisti a degustar nessas andanças da planfetagem. E comer cadeiras ainda não é a minha onda. Quem sabe um dia!

NAMASTRETA PARA NÓS TAMBÉM, porque rirmos de nós mesmo dá saúde e faz crescer


Ana Piu
Br, 10.06.2016
crédito: Amanda Dumond


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