Debert, Guita Grin. A reinvenção da velhice. São Paulo: EDUSP/ FAPESP. 1999.
Se o mundo está dentro de nós e nós estamos dentro do mundo escutemo-nos e observemo-nos, então. Sem fugas! Ao ler esta frase inserida num capítulo dum livro que trata do último ciclo da vida terrena fiz uma pausa e sorri. Caramba! Eu conheço esta senilidade!, pensei. Conheço um país em especifico, que por acaso ou não ( será que o acaso existe ou são só continuações? pergunto sem especulação sensacionalista ) foi onde nasci! Um país cujo povo é lamuriento, pessimista, com letargia. Claro que falo dum coletivo, pois existem seres humanos que lutam contra isso! Mas, por toda a parte do mundo existem indivíduos que olham a vida com desamor, numa espécie de esquizofrenia. Ora se acham os maiores, os bambam ou se perdem na sua falta de auto estima. Quem nunca passou por essas transições de estado? A questão é ficarmos nelas e recusarmos amar, alegando que estamos muito bem assim! E daí vamos de auto boicote em auto boicote em termos relacionais, tanto a nível pessoal, amoroso, como profissional. Dias a fio conectados tecnologicamente, mas anos e anos a fio desconectados interiormente.
Se amamos insistentemente quem nos magoa não é essa pessoa que nos magoa realmente e sim somos nós que nos magoamos a nós mesm@s. Deveria ser óbvio, mas não é. Como uma amigo recente lembra: O instinto sexual nós já o conhecemos desde que nascemos, mas nunca fomos realmente educados para o amor e sim fomos educados para mandar ou obedecer! Para servir ou ser servido!
Depois ainda há aquela falácia dos horóscopos. Não é que estes não tenham a sua importância, mas que não sirvam para serem deterministas em relação ao nosso ego vaidoso e endurecido! Tipo género do estilo: "Ah! Eu sou uma pessoa muito difícil para o amor! E estou bem como estou!' :P :D Até fico com vontade de cantar Manu Chao: "Tudo é mentira neste mundo! Tudo é mentira porque será?"
Pois é, agora pergunto-me: Estou interessada em conviver, trocar, ser parceira de seres humanos que se esquecem de SER? NÃO! A resposta é definitivamente: NÃO!
Não estou interessada em ambientes da treta, pois se estiver estou-me a esquecer de SER, de SER NA ESSÊNCIA, NO QUE FAZ SENTIDO PARA MIM.
Para 2016 em diante o meu projeto é SER com olhar no lado positivo do mundo e olhar os seres vivos nos olhos. Não estou realmente interessada na senilidade das relações da treta, em que as pessoas ao invés de se valorizarem competem duma forma negativa, pejorativa em relação a si mesmas e aos outros. VIVA O AMOR, VIVA QUEM AMAMOS E QUE NOS AMA COM RECIPROCIDADE. Que o resto.... É história para boi dormir. Um jovem boi que adormece com a senilidade é um boi que sonha com um mundo mais colorido, tal qual um desenho animado sagrado e profano ao mesmo tempo.
Ana Piu
Brasil, 12.01.2016
Vamos parar de romantizar pessoas que nos magoam. |
Amar a vida é amarmo-nos a nós mesm@s, caso contrário como poderemos amar realmente é alguém? |
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