quarta-feira, 24 de junho de 2020

DE ONDE VIERAM OS BEBÉS E PARA ONDE VÃO?

" Ser pai é um ato politico. Cuidar, educar, prover, transmitir valores, fazer com que aquela criança seja capaz de interagir com a sociedade, respeitar e se fazer respeitar, ser conhecedor dos seus deveres e exercer os seu direito em sua plenitude, ser critico, ser curioso, jamais aceitar aquilo que lhe é imposto sem pesquisar, sem ler, sem fazer uma análise critica daquela informação. (...) Politica não é somente feita no Congresso, no Senado, na Câmara dos Vereadores. (...) cerceamento de me exercer o poder de ser pai."

in: 
Ser pai é um ATO POLÍTICO https://youtu.be/gV5l_F_Dpts

Sim, maternidade, paternidade são atos políticos. Não é uma escolha fofinha. Embora o que aguardamos, quando está tudo nos conformes é um ser fofinho que possamos criar nos ditos conformes. Quem decide trazer ao mundo um ser fofinho que nos vai acordar inúmeras vezes e nos exasperar por esse e outros motivos ao longo da nossa existência é uma escolha politica. Dar à luz um ser fofinho que nem sempre o é neste mundo de vidas loucas, além dum imenso gesto de amor e esperança por um mundo re escrito.

Desta vez não tenho muito a certeza se escreverei um texto com pitadas de humor, por isso esta proposta de criar um espetáculo de palhaçaria feminina sobre violência contra a mulher e todo e qualquer relação abusiva é desafiante.


Talvez seja o maior ato politico acolher as gerações seguintes com humor, amor, discernimento e esperança, sejam ou não nossos filhos biológicos e/ ou adotivos. Dar as boas vindas às novas gerações seguintes é um compromisso para toda a vida onde condições básicas de dignidade deveriam estar garantidas. E o amor eum ambiente o menos conflituoso possível é uma das condições básicas. A primeira, no meu ponto de vista, é esse ser fofinho e chorão que come, defeca num fedor estonteante e nos tira do eixo muitas e tantas vezes ao longo da vida, assim como nós tiramos quem nos cuidou e cuida não ser nem motivo de conflito e assim se sentir culpado uma vida inteirinha, nem se ver no meio de outros e tantos conflitos entre adultos que muitas e tantas vezes parece que eles sim ainda não largaram as fraldas e ainda procuram na sua parceira ou parceiro uma mãe ou um pai.

A guarda dos filhos é um assunto muito complexo, assim como a sanidade de todas as partes. Sanidade essa tem a ver com o colocarmos o bem estar do ser fofinho que um dia, se tudo correr nos tais dos conformes, em primeiro lugar.

Ter o direito de interromper uma gravidez nos primeiros meses com segurança e dignidade não deveria ser criminalizado em parte nenhuma do mundo. No meu ponto de vista, quem defende a continuidade duma gravidez alheia deveria mobilizar-se para garantir uma vida digna às famílias da criança sejam estas  ou não monoparentais, informar adolescentes, jovens e até adultas que existem contraceptivos e que o aborto não é um contraceptivo e sim um último recurso. Investir na educação sexual e assumir sem moralismo que o prazer é inerente ao ser humano e que as pessoas não copulam só para terem filhos. Ter prazer não é pecado. Ser negligente com um ser que chegou ao mundo é que não é lá tão bom assim como maltratar o adulto que assume responsabilidades e cuida. Também não é assim tão bom a alienação parental. Mas esse tema fica para um próximo texto.

Ah! E também fazer o exercício, mesmo os ateus, agnósticos e cépticos que uma alma que não encarnou continua a ser uma alma e assim manter no nosso coração a uma luzinha para esse ser que não visitou este mundo de vida louca mas que muites já estão a trabalhar para que a frequência vibratória se eleve com sentimentos, pensamentos positivos, construtivos num ato de politico que é cuidarmos-nos bem a nós e aos outros, quer sejam nossos filhos biológicos ou não.
Sim, trazer seres humanos ao mundo é um ato politico.

A Piu
Bolhão Geral Zen 24/06/2020

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