De que nos rimos quando nos rimos? Essa é grande pergunta, da família de : " Ser ou não ser? Onde está está a questão? ", " O que se passa quando não se passa nada?", " Como pegar leve quando a coisa pesa?". " Tornar leve o que é pesado e pesado o que é leve." Esse é um daqueles ditados japoneses que certa vez pedi para imprimir numa T-Shirt. Ai! Uma camiseta! Rimos-nos do que nos é familiar ou do que estranhamos? De ambos? Rimos para subscrever o preconceito ou para nos libertamos do mesmo?
Rir de nós é libertador. Rir dos nós é igualmente libertador porque ao rirmos dos nós rimos de nós.
O riso pode ser tanto libertador como opressor. Rir é um movimento que surge da espontaneidade de algo que nos surpreende pelo exagero, pelo absurdo, pelo inexplicável. O nosso riso diz muito acerca de nós. Se rimos do outro para nos sentirmos superiores, se rimos de algo que desconhecemos ou que achamos que conhecemos mas que estranhamos por que abala as nossas profundas crenças demonstra que provavelmente precisamos de nos auto observar um pouquinho mais para que transformemos a nossa arrogância, fruto da ignorância como toda e qualquer arrogância, em humildade.
O riso pode e dever ser irreverente. A irreverência de saber que tudo é impermanente, que nada é congelado. A irreverência de aceitar que a vida é continuamente impermanente e que existem infinitas formas de enxergá-la, de vivê-la. Rir dos nossos aprisionamentos internos, que são os medos, as raivinhas e as tristezas de estimação, por ser irreverente com nós mesmos, porque temos a coragem de olharmos para nós mesmos como seres falíveis, resilientes, belos, poéticos e grotescos.
Porque rimos quando nos rimos? Rimos para semear amorosidade e pacifismo, dois termos que quando postos em prática são revolucionários, ou rimos para perpetuar preconceito e sublinhar o nosso ínfimo conhecimento quanto às múltiplas possibilidades de caminhar pelo mundo sem causar sofrimento a nós mesmos e aos demais, ou pelo menos evitar.
Rir ou provocar o riso pode ser caustico. Mas quando o fazemos qual o nosso propósito? Desconstruir? Destruir? Construir? Ou rir por rir sem pensar em nada disso? Rir é uma forma de pensar e exercitar a inteligência de outro jeito maneira que não aquela lógica do esperado? Rir é o inesperado. É a transgressão. Rir pode ser um bom remédio para o coração e cuidar do nosso coração é transgressor. Rir pode e deve ser um elixir alquímico para transformar desamor, dor em Amor e isso é transgressor. Nesse caso, transgredir com o riso é trilhar a auto consciência do que andamos a fazer por este planeta enquanto cá andamos. RIR É MUITO BOM! RIR JUNTOS UNS COM OS OUTROS E NÃO DOS OUTROS É MAGNIFICO! LIBERTA DOR!
A Piu
BR, 14/08/2019
Ah não se esqueça de curtir, se curte, a página no facebook " Ar Dulce Ar"- espetáculo de palhaçaria feminina sobre erradicação da violência contra a mulher com Geni Viegas e Ana Piu com direção de Leonardo Tonon e assessoria artística de Adelvane Neia. https://www.facebook.com/AR-DULCE-AR-162965127817209
Iniciamos a campanha de Crowdfunding para a terceira fase do trabalho. Com as palhaças Maffalda dos Reis (Geni Viegas) e Beltrana de Tall (Ana Ana Piu).
Ar Dulce Ar, O Prelúdio tem como objetivo fazer uma curta temporada num espaço alternativo, para desenvolvermos a linguagem da palhaçaria junto ao público. Todo o processo de criação, roteiro e direção já foram finalizados e nessa última etapa buscamos apoio para continuarmos o desenvolvimento do espetáculo. Entre no site " Catarse" e nos apoie. <3 <3 <3https://www.catarse.me/ar_dulce_ar_preludio_ce42...
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