domingo, 13 de agosto de 2017

ERA UMA VEZ AGORA


Havia um coração jovial que durava há mais de mil anos. O seu trabalho era brincar, fazer de conta em ser o que sempre fora. Procurava nos outros o que cultivava dentro de si, embora de vez em quando tropeça-se nas nuvens para logo se abraçar a uma estrela. Distrações. Sabia que no fundo no fundo atraía o que trazia dentro de si. E isso inspirava atenção.Uma espécie de medidor de leveza.
E quando tropeçamos nas nuvens é porque uma pirueta lembra-nos que existe chão e que as asas são infinitamente generosas para acolher o circuito da fluidez. Por isso existem nuvens, assim como asas, sorrisos, estrelas e todas as coisas que nos deixam maiores. Muito maiores. Do tamanho do espaço sideral, vá.
A Piu

Foto de Viajantes Solitários.

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