Há uns anitos atrás fiz parte dum elenco dirigido pelo querido João Ricardo. Eu fazia de Puck, que na versão da Hélia Correia era o duende Traquinas. Ora que certa vez um canal televisivo, penso que o Panda se a memória não me falha, numa entrevista perguntou-me qual a sensação de ser actriz/atriz do Teatro Nacional Dona Maria II em Lisboa. Pois... Talvez não tenham perguntado à pessoa certa... ou sim perguntaram. Nunca assisti a essa entrevista nem nunca me veio parar às mãos, mas deixo aqui a resposta que dei na época: " Este espectáculo é uma produção independente que é acolhida pelo Teatro Nacional. Como atriz de teatro é sempre muito gratificante ter a sala cheia, sendo que estamos a apresentar na sala principal. Por outro lado, essa gratificação para mim tanto acontece aqui como numa qualquer Casa do Povo duma qualquer cidade do interior de Portugal, pois foi aí que eu também iniciei a minha profissão teatral. É importante estarmos nos grandes centros como no movimento de descentralização. Apresentar num importante festival na Alemanha ou em França, como já apresentei, a minha prestação é idêntica à de apresentar num lugar sem visibilidade imediata. A arte, no meu ponto de vista, assim como a educação devem ter sempre um cunho democrático. É tão importante para aqueles que já tem acesso como é ainda mais importante para quem não tem o acesso tão facilitado.
A Piu
Brasil, 06/08/2017
Brasil, 06/08/2017
Versão infantil de "Sonho de uma Noite de Verão" regressa ao D. Maria II
https://www.publico.pt/2004/01/29/culturaipsilon/noticia/versao-infantil-de-sonho-de-uma-noite-de-verao-regressa-ao-d-maria-ii-1184231
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