quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O ESCURO E AS ESTRELAS. breves considerações sobre climas pegajosos de paquera

Quem tem medo da escuridão não vê as estrelas

Roberto Moriconi

Hoje caiu uma árvore em cima dos fios. Um dia inteiro sem sol,
com chuva e sem luz elétrica! Velas! São necessárias velas ou assumir a pouca luz existente e recolhermos-nos um pouco para dar aquela checada geral. Ainda com o corpo febril imagino um texto sobre "Climas pegajosos de paquera", divirto-me sozinha. Faço depois uma lista de ambientes, relações que desejo alimentar e outras que nem por isso. Um exemplo de nem por isso são os climas pegajosos de paquera cujas pessoas se objetificam numa vaidade em que o amor próprio e ao próximo são secundários. Em suma, nos meus planos para este ano de 2016 procuro ambientes relaxados, com liberdade de sermos quem somos sem competição, numa valorização mútua de olho no olho. Isto adequa-se para ambientes profissionais, de amizade e outros. Para não falar, claro, dos amorosos que estão subjacentes.  Porquê? Obviamente porque sim. Porque o meu estômago é muito sensível e os entrefolhos das vísceras ficam mirradinhos que perco ímpeto de qualquer aproximação e sedução. Devo acrescentar que os climas pegajosos de paquera lembram as festas de escola da minha adolescência que era tipo uma maratona de quem conseguia primeiro o par para o beijinho na parte do slow, que era o momento das luzes baixarem e aquela música mais lenta dos Scorpion tocar.

Enfim, uma chachada. Principalmente quando nesses climas pegajosos de paquera as pessoas já são adultas e a gostozice fatal é mais importante que a sensibilidade. UMA FESTA DE ESTERÓTIPOS! Eu não curto, mas chega a ser cómico, pois dá que pensar em que momento de maturidade amoroso nos encontramos.
Quanto a mim, desejo ver estrelas que brilham na noite escura e que nos aquecem a alma e o coração.


Ana Piu
Brasil, 30.12.2015





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