terça-feira, 11 de maio de 2021

DAR O TOQUE COM TERNURA


Quem me conhece sabe que eu sou assim e assado. Quem me conhece sabe que eu fico calada quando não falo. Quem me conhece sabe que eu falo demais quando não medito silenciosamente. Quem me conhece sabe que eu sou do signo de libra/ balança com ascendente em gémeos/gêmeos. Quem me conhece sabe que eu curto penteadinhos como esse aí da Sophie Scholl. 

Bom, poderia continuar com mais um role  "quem me conhece' à laia de redes sociais para dizer o que me vai na alma, no coração com um desabafo cheio de bafo. Cheio do bafo.  Um bafo que transita entre rosas brancas, cravos vermelhos e urtigas, Cardos, também. Atentando-nos que os cardos, embora espinhosos, sempre carregam uma linda flor. Uma analogia ente ternura e o ' já chega'.


Ora dando continuidade às comemorações do centenário da resistente alemã anti nazi Sohie Scholl que foi condenada à guilhotina em 22 de Fevereiro 1943, juntamente com o seu irmão Hans Scholl e o companheiro Christoph Probst, pai de 3 filhos, vamos falar aqui um pouco desta menina de 18 anos que sacou de cara a nocividade de regimes autoritários e totalitaristas de toda e qualquer ideologia da  sua época. Se ela tivesse vivido sobre o jugo do regime Stalinista muito provavelmente o seu destino seria igualmente nefasto. E isto não quer dizer, que pessoas como a Sophie, como eu e outras não sejamos a favor da justiça e igualdade. Pelo contrário!!! 

Muitos se perguntam onde estava Deus quando se deu o Holocausto. Até parece piada... Se Deus não está dentro das pessoas não poderá nunca estar fora... Essa imagem dum velhote gorducho cabeludo e barbudo que viaja pelo imaginário de muitas religiões e até se parece com Marx não será um pouco pesado para o mesmo? Pois o mesmo fica com a responsabilidade de existir ou não segundo as crenças e ainda paga as favas quando a organização duma sociedade não funciona com as suas interações afetuosas ou embrutecidas.

Não, a Sophie Scholl não era comunista. Ela sabia o  que isso significava: apropriação da esperança de dignidade e distribuição justa de bens essenciais, como a alimentação, habitação, educação e saúde para um capitalismo de Estado insolente que persegue, tortura, envia para a Sibéria e fuzila. 

Ai meus amigos queridos companheiros e camaradas.... Podemos nós subscreve tal tirania? Não será constrangedor a visão de mundo ser polarizada? Os bons e os maus.  Os porcos fascistas, os porcos capitalistas e porcos comunistas. Todos diferentes e todos iguazinhos. Já chega, num?

Enquanto não nos auto conhecermos vamos andar aqui aos caídos à procura de respostas em líderes e verdades absolutas com o recheiozinho do individualismo onde ao invés de exercitarmos a prática de empatia e compaixão naquele " Em que posso ser útil? Em que posso (te) ajudar?" achamos que o que está certo é: ' Ah esta pessoa, situação, circunstância pode ou é-me útil vou-me aproximar e até passar por bacanaço, muito amigo e interessado. ' Alguém já vivenciou isso? De estar no aperto, e a pessoa que até está com a sua vida minimamente bem sucedida pedir contatos e apoios sem se dar conta da sua atitude individualista, egoísta mesmo que medite horrores e seja muito esquerda. É chato ter que dizer e escrever isto, mas como uma rosa branca cravo vermelho com apontamentos de urtiga e cardos acredito que é estritamente necessário dar o toque. Precisamos de dar o toque uns aos outros sem nunca perder a ternura. Embora esta às vezes tenta se escapar.  

Oh menina ternura! Volta lá aqui! Bom! Bom! Bom! Não te volto a avisar, menina ternura que não significa ser trouxa.

A Piu

Campinas SP 11/05/2021 

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