terça-feira, 12 de dezembro de 2017

QUEM TEM ESPERANÇA NÃO CANSA ou LIBERDADE NÃO RIMA COM AUTORITARISMO E SIM COM AUTORIDADE ( de autoria/ responsabilidade)



" Desde jovem compreendi que a Educação e a Saúde tinham que ver com a democracia e que eram incompatíveis com a ausência de liberdade. (...) A educação e a terapia são factores de positividade, duas antevisões de futuro, duas linhas de um horizonte possível e desejado. são uma mensagem de esperança- com e pela educação a terapia vai para além da remediação, vai para além do constragimento; pela terapia a educação desbloqueia e provoca alteridade e diálogo. (...) " educar é relacionar-se... o amor é o que faço com as coisas da reciprocidade" (...) " a verdadeira obra criativa é a do próprio Eu"
Carvalho e Branco, Maria Eugénia " Vida, pensamento e obra de João dos Santos", Livros Horizonte, Lisboa: 2000.
Diante deste inspirador livro que trago na bagagem desde o outro lado do mar, além do Courrier Internacional de novembro de 2017 versão Portugal em que fala duma série de coisas que nos confirmam a falência dos ismos despóticos, focar-me na obra do João dos Santos para que o alento se alimente é um ato de resistência e esperança.
Neste imenso Brasil ainda não li em lugar nenhum acerca do centenário da Revolução de Outubro. Verdade seja dita, tenho passado ao lado do jornalismo. Pois este, além de ser muitas vezes descaradamente tendensioso, é pessimista, criando no leitor e consumidor de informação desesperança. Levando o leitor convencido que está informado a mergulhar na cultura do medo e da insanidade emocional que reina por aí nas relações micro e macro.
Adianto desde já, para os medrosos, que receiam que os komunas possam voltar a imperar o mundo..., Muxaxada!... esse império acabou em 1989! O muro caiu lá em Berlim e a Perestroka avançou. Graças adeus!  Joguem tomates, de preferência vermelhos, que não me importo ser alvo dos beatos revolucionários que se usurparam da luta dos trabalhadores e dos oprimidos para exercerem controle e poder. Zut para os chatos e chatos que querem ditar como devemos ser livres no nosso viver do dia a dia de todos os dias!!! Se cada um de nós nos cuidarmos a nós mesmos, já é um ótimo contributo para a sociedade, em que não precisamos de enfiar o nariz na vida alheia e ditar regras. Quando cuidamos de nós mesmos apuramos o poder da escuta e da alteridade. Em suma, da empatia. Está na moda ir à terapia. Ide! Cada um que escolha a que lhe aprover melhor. Mas esse já é um passo transformador. Libertar-se das crenças egoicas mascaradas de boas causas. Se a democracia serve para alguma coisa, que esta seja participativa ao invés de representativa. Ufa! Grande desafio que exige estudo e dedicação de cada cidadão!
Só sei que o coração é vermelho e quando se escuta a si mesmo é livre de tendências e autoritarismo. Isto é, é dum vermelho apartidário. Diria: ahhh.... libertário! Livre, em suma, nos entretantos. É importante não esquecer de lembrar dessa memória do fundo dos tempos, muito antes das relações de poderzecos. Assim considero... Na essência, antes de tudo, somos seres vivos de carne, osso, alma e espírito. Cada um terá de fazer a sua parte no grande exercício da ecologia das emoções para que esta passagem seja leve, livre e pulsante.
A Piu
Br, 12/12/2017

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