Um espetáculo internacionaLE apresentado no Brazile, na Argentina e PortugaLE. Desde 2013 até aos dias de hoje!
De origem germânica achtung! servia como interjeção chamativa para perigos e paisagens deslumbrantes. Mais a norte, nos países escandinávos,ACHTUNG!! é considerado o espirro oficial dos vikings. Em terras lusas utiliza-se a expressão "Arre!!" quando alguém está arreliado. "Arretung!" é uma espécie de grito de guerra dos trabalhadores da classe precária, que desunidos nunca vencerão.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
AS TCHUCHUCAS TATCHERS DE QUEM ALGUNS HOMENS E MULHERES PERTENCENTES AO PATRIARCADO SÃO "VITIMAS" ( no fundo somos vitimas das nossas próprias visões e escolhas)*
Quando as mulheres buscam formas sutis de exercer poder, tornam-se uma caricatura de si mesmas. Se buscam afirmam sua individualidade em um contexto onde predomina o masculino, só podem fazê-lo competindo. Desta forma, sob leis do patriarcado, temos desenvolvido uma atitude estereotipada em relação ao masculino e uma atitude em relação ao feminino.
Quando atribuímos o inconsciente ao feminino, e este às mulheres, elas passam a exercer o papel de detentoras e mediadoras das emoções dos homens. Isto lhes confere um poder que passa a ser temido e denegrido, pode estar baseado essencialmente na beleza física, na sensualidade, na capacidade de sedução e manipulação.
(...) Resgatar o feminino, portanto, é libertar homens e mulheres de um aprisionamento em categorias de ser, rigidamente diferenciadas: feminina passiva ou masculina e ativa.
Koss, Monika von "Feminino + Masculino uma nova coreografia para a eterna dança das polaridades" Coleção ensaios Transversais, São Paulo, 2004.
* o titulo é de minha autoria- Ana Piu
DIALÉTICAS CIRCULARES: QUANDO A MEDIOCRIDADE SUPERA OS SONHOS
Advogada competente, uma jovem mulher acreditava que lhe davam trabalho porque era bonita. Levou tempo para perceber que ganhava muito dinheiro porque era boa profissional. Como tantas outras, sua dificuldade estava na área dos relacionamentos, não porque tivesse dificuldade ou medo de se envolver, mas porque os homens não se sentiam confortáveis diante do seu sucesso profissional.
Sendo jovem, bonita e independente, ficava perplexa diante das atitudes dos homens que a admiravam e a elogiavam como "a mulher dos meus sonhos", mas quando se tratava de viver uma relação de compromisso, preferiam outra.
Koss, Monika von "Feminino + Masculino uma nova coreografia para a eterna dança das polaridades" Coleção ensaios Transversais, São Paulo, 2004.
* o titulo é de minha autoria- Ana Piu
EU SABIA! EU SABIA QUE A HISTÓRIA ESTAVA CONTADA PELO MEIO! ALELUIA! ÇA RA VA!
Eva, enquanto sonho de Adão, não é a mulher original, esta representada pela figura pouco conhecida de Liliath, a fêmea criada com o macho. Por não querer se submeter, abandonou o paraíso e deixou Adão solitário. Para tirá-lo da solidão, Deus lhe moldou uma companheira obediente- Eva.
Koss, Monika von "Feminino + Masculino uma nova coreografia para a eterna dança das polaridades" Coleção ensaios Transversais, São Paulo, 2004.
* o titulo é de minha autoria- Ana Piu
Moral da história: Cá para mim esse Deus é mais igualitário do que nos fazem acreditar, mas foi atrás da conversa caprichosa do Adão. Adão, esse comum mortal que levou um granda chute na bundovski, mas continuou a ser um mimadinho por millénios e milénios. Ufa. Mil vezes ufa
Moral da história: Cá para mim esse Deus é mais igualitário do que nos fazem acreditar, mas foi atrás da conversa caprichosa do Adão. Adão, esse comum mortal que levou um granda chute na bundovski, mas continuou a ser um mimadinho por millénios e milénios. Ufa. Mil vezes ufa
quarta-feira, 27 de abril de 2016
SERÃO SÓ OS HOMENS QUE SÃO MACHISTAS? ( o regresso da Dótora Lorena)
querid@s leitor@s, após uma longa pausa sabática a Dótora Lorena volta para responder a algumas dúvidas existenciais transversais a todos os géneros e tipos de seres viventes.
Hoje, nos dias que (es)correm pelos dedos ora lenta, ora fugazmente o que traz aqui Dótora Lorena é uma das grandes dúvidas existenciais sociais da contemporaneidade atual: "Serão só os homens que são machistas?"
Vamos por partes. Machismo é uma posição, uma postura, uma visão do muindo em que uns tem de ser mais fortes que outros. Essa força é uma força bruta. Uma força de competição e desprezo pelo próximo. Deste modo e maneira também há mulheres que potencializam essa força. A força do ego que ecoa as suas inseguranças, vaidades e ideias fixas e obsessivas em relação às relações que estabelecem com os demais.
Como se manifesta uma mulher machistas? Do mesmo modo que um homem machistas, eventualmente com outros artifícios. São possessivas, ciumentas por tudo e por nada, ingratas diante do amor, gostam de fazer joguinhos de equivocos para aquilo que não é passa a ser e vice versa e troca o passo.
Uma mulher machista, assim como um homem machista, não escuta com o coração pois o ego ecoa tanto que só os seus prazeres imediatos são importantes. A mulher machista pode ser a amiga que não deseja felicidade para o amigo, mas sonsamente faz-se de amiga, para na primeira oportunidade difamar ( em privado ou publicamente) o amigo, o amante, o namorado, o companheiro, o parceiro que é machista.
Uma postura machista não se coaduna com lealdade, pois a lealdade é confiança que se estabelece entre as partes. E o machismo só vislumbra uma parte.
Por hoje é tudo da vossa querida Dótora Lorena, aquela que não quer ter a alma pequena.
Braziu, 27.04.2016
Vivienne Westwood. Paris, October 2009. © Paolo Pellegrin/Magnum Photos. Ser cosmopolita já ajuda a erradicar os ismos manhosos que se melodeiam na teia social |
© #NewshaTavakolian/#MagnumPhotos É importante erradicar os machismos tanto da parte dos homens como das mulheres. Essa erradicação tem a ver com po poder de Sermos. As luvas são meros símbolos, analogias dos dias a dias. |
E ASSIM FOI E ASSIM CONTINUARÁ A SER! VIVA A CONTINUIDADE CONTINUADA DESTA LONGA CAMINHADA!
Bell Trana em postura punk rock do bem. |
De Alinda a Bell Trana, um trânsito entre Paul Gaugin e Toulose Lautrec. |
Nós e uma representante do querido público |
Apresentação do " Namastreta, uma comédia de luz, sombra e phoesiah" com A Alinda Baker ( Herica Veryano) e Bell Trana ( Ana Piu) com o Thiago Vinicius Lopes de Oliveira na técnica de som e phoesia gurística. Cis Guanabara, Campinas 16 e 17 de Abril de 2016 na MOSTRA O SEU TEATRO PARA A SUA CRIANÇA- EDIÇÃO ABRIL, iniciativa do Coletivo Joaquina.
Bela, desencanada e do bar. #belarecatadaedolar
Se de mim queres te enamorar
para quê vacilar?
se de ti me quero enamorar
o que eu preciso é de respirar
e não me equivocar
para quê vacilar?
se de ti me quero enamorar
o que eu preciso é de respirar
e não me equivocar
se sou do bar
também sou do lar
tanto mar tanto mar
também sou do lar
tanto mar tanto mar
se de mim queres te enamorar
tens de estar solteiro e sem par
parece-me justo e ético
e até estético
tens de estar solteiro e sem par
parece-me justo e ético
e até estético
e os mais avançados espiritualmente que pratiquem a poligamia
caso contrário é uma mania
caso contrário é uma mania
se de ti me quero enamorar
para depois Amar
tenho de sentir que não és macho alpha no verdadeiro sentido do conceito
porque prezo muito a maturidade amorosa e o respeito.
para depois Amar
tenho de sentir que não és macho alpha no verdadeiro sentido do conceito
porque prezo muito a maturidade amorosa e o respeito.
não me parece que tenha muita ciência
é como amadurecer uma fruta ao sol com paciência
fica mais doce e mais gostosa
porque a vida não é para se saborear duma forma amargosa
é como amadurecer uma fruta ao sol com paciência
fica mais doce e mais gostosa
porque a vida não é para se saborear duma forma amargosa
Ana Piu
Brazile, 25 de ABRIL SEMPRE. 2016
Brazile, 25 de ABRIL SEMPRE. 2016
O QUE A BELA QUER PARA SI E PARA NÓS ( e algumas ressalvas em relação a amizades facebookianas) #belarecatadaedolar
Poderia escrever " O que a bela quer para si e para os seus", mas não. Porque os 'seus' somos nós todos. Ontem, 25 de Abril, é aquele dia que se sai à rua para se comemorar o prazer de sair à rua e da liberdade de expressão. Dia da Liberdade, fim do fascismo em Portugal e das guerras coloniais que deram curso à independência desses países. Independentemente se estamos de acordo ou não com as atrocidades que se seguiram.
Esteja aqui ou na Conchichina esse dia será sempre lembrado, independentemente de golpes aqui, golpes de lá.
Esteja aqui ou na Conchichina esse dia será sempre lembrado, independentemente de golpes aqui, golpes de lá.
Para nós quero que dentro de nós tragamos sempre o coração da cor dum cravo vermelho. Cor de liberdade e pulsação, respeito pela vida. E por falar em respeito! Ando aqui há dias a pensar nessa questão de filtrar amizades nas redes sociais. Tenho feito algumas vezes, principalmente de quem não tenho nem intimidade e outras afinidades. Para mim e para nós não desejo seres intolerantes com discursos de ódio e com muita ignorância em relação à História. Não quero fascistas no meu rol de amigos.
Por outro lado, também não me interessa sujeitos que não me conhecem o suficiente para virem dar uma de Dom Juans virtualmente, principalmente quando já estão emparelhados e ainda os dentes de leite não caíram todos.
Sou do bem, mas sou punk. Punk do bem, pronto! Porque liberdade é uma coisa, libertinagem é outra. E faltas de respeito manhosas machinhas não! Valeu? Vale, rapaziada?
Gracias. Danka you. Merci bien! Obrigadinho! Gratidão do fundo do coração
Ana Piu
Brazile, 26.04.2016
Brazile, 26.04.2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
DE PEQUENINA SE TORCE A ABÓBORA MENINA
Ter amigos é muito importante. AMIGOS DE VERDADE! É o que nos faz caminhar. |
Essa cara sou eu! |
Antes mesmo de eu saber ler e escrever a minha tia explicou-me o que era exploração, desconstruindo a minha ideia que explorador era um aventureiro que enfrentava leões e tigres na floresta instigante e perigosa. Ela explicou que os meus avós, seus pais, eram explorados na Alentejo latifundário. Que eles trabalhavam muito para comer um pedaço de pão, nem sempre com chouriço. Uma explicação clara para uma menina, como eu, de 5 ou 6 anos.
Mais tarde eu recebi este livro no meu aniversário de 11 anos. Acho que foi a mesma tia que me ofereceu; a mesma que tinha um rol de revistas "Mulheres" que tratava de assuntos sobre a condição da mulher no Portugal democrático e no mundo. Confesso que não fazia ideia que o Brasil fosse tão surpreendentemente machista e que esse machismo é sublinhado pelo comportamento de algumas mulheres. Mas isso já é outro texto.
Por isso digo e repito volvidos anos e a viragem do século e milénio: FASCISMO NUNCA MAIS!
Ana Piu
Brasil, 25 de ABRIL SEMPRE. 2016
Brasil, 25 de ABRIL SEMPRE. 2016
Contestação com um sorriso nos lábios e com o humor inteligente e delicioso do Quino. |
terça-feira, 19 de abril de 2016
BEIJOS E FLORES SEM ESPARTILHOS
há muito que os espartilhos deixaram de condicionar a sua respiração
mesmo de corpo solto naquela noite sentiu medo
parecia uma noite de domingo como outra qualquer
mesmo de corpo solto naquela noite sentiu medo
parecia uma noite de domingo como outra qualquer
a respiração acelerou e o corpo bufonizou-se
debandada total
embriagou-se com esse medo de perder a liberdade conquistada a pulso pelas gerações anteriores
debandada total
embriagou-se com esse medo de perder a liberdade conquistada a pulso pelas gerações anteriores
nem a tv ligou já prevendo o que não desejava prever
ficou ali mergulhando nas suas próprias sombras
de gestos e palavras grotescas
ficou ali mergulhando nas suas próprias sombras
de gestos e palavras grotescas
apesar do rumo da história andar aos ziguezagues numa dança neo liberal macabra ainda acreditava no seu trabalho e no seu valor
embriagou-se na indignação perdendo o fio à meada
e gritou muito alto como numa trágicomédia
embriagou-se na indignação perdendo o fio à meada
e gritou muito alto como numa trágicomédia
OS PUNKS NÃO MORRERAM! NÓS ESTAMOS VIVOS!!!!
depois aconchegou-se na almofada e sorriu de mansinho:
estamos juntos, os que querem e vão continuar a querer viver dignamente e em liberdade do seu trabalho; numa escuta circular em que todos somos importantes
estamos juntos, os que querem e vão continuar a querer viver dignamente e em liberdade do seu trabalho; numa escuta circular em que todos somos importantes
Ana Piu
Brasil, 19.04.2016
Brasil, 19.04.2016
sexta-feira, 15 de abril de 2016
Existem umas palavras chave e expressões que ainda estranho por terras brasileiras: elite, 'ser diferenciado", 'não gosto de pobre', " que chique", " para estar aqui é preciso erudição'. Enfim, toda uma série de conceitos reprodutores dum modus vivendis que vem lá do tempo da maria cachucha. E olha que maria cachucha! Até parece que a maria cachucha nasceu rica e erudita, substancialmente diferenciada. Eu venho dessa terra da tal da maria cachucha. Pois é! Venho da terra do ancestral colono. Ufa! Sai daqui que este corpo não te pertence! Porém, o colonialismo continua em curso no Brasil. Ora imposto pelos yankis ora perpetuado por aqueles que para aqui vieram ou que já cá nasceram.
Da minha parte, aos quinze dias do mês de Abril do ano de 2016 o que é mesmo chique e diferenciado é não perpetuarmos essa cafonice de querer ser mais que os outros, achando que estes são nossos vassalos e não merecem a dignidade ter uma boa educação, habitação, e viverem dignamente do seu trabalho.
Hoje no Brasil, o momento é propicio para se perguntar uma vez mais quais as escolas em que essa elite se formou, pois a ignorância e ganância é mais que demais. Agora entendo porque é que tanto detonam a escola pública, porque não lhes interessa perder o privilégio de serem diferenciados. Enfim, uma mentalidade de novo rico a querer ser aristocrata com mansões com aquelas colunas a imitar os templos romanos, pintadas a dourado com muitas fontes de leõezinhos de pedra, onde o jardineiro, a babá, a cozinheira, o manobrista são postos de trabalho que criam caridosamente para os pobrezinhos. Muitos deles endividados até às orelhas. Só aparência.
Enfim, uns mários e umas marias cachuchas que leem um livro, quando leem, e acham que são mais que os outros. Mamma mia que o gato já pia.
Ana Piu
Braziu, 15.04.2016
Da minha parte, aos quinze dias do mês de Abril do ano de 2016 o que é mesmo chique e diferenciado é não perpetuarmos essa cafonice de querer ser mais que os outros, achando que estes são nossos vassalos e não merecem a dignidade ter uma boa educação, habitação, e viverem dignamente do seu trabalho.
Hoje no Brasil, o momento é propicio para se perguntar uma vez mais quais as escolas em que essa elite se formou, pois a ignorância e ganância é mais que demais. Agora entendo porque é que tanto detonam a escola pública, porque não lhes interessa perder o privilégio de serem diferenciados. Enfim, uma mentalidade de novo rico a querer ser aristocrata com mansões com aquelas colunas a imitar os templos romanos, pintadas a dourado com muitas fontes de leõezinhos de pedra, onde o jardineiro, a babá, a cozinheira, o manobrista são postos de trabalho que criam caridosamente para os pobrezinhos. Muitos deles endividados até às orelhas. Só aparência.
Enfim, uns mários e umas marias cachuchas que leem um livro, quando leem, e acham que são mais que os outros. Mamma mia que o gato já pia.
Ana Piu
Braziu, 15.04.2016
MUDAR DE LUGAR NA MESA PARA FALARMOS DE MASCULINO E FEMININO ( carta aberta à minha querida e recente amiga Paula Praia)
Uma semana se passou depois do nosso encontro em São Paulo, no espaço d' A Próxima Companhia para o Circulo de Conversa sobre o Mito e os Feminismos. Na mochila do dia a a dia trago o livro da Monika von Koss "Feminino+Masculino uma nova coreografia para a eterna dança das polaridades".
Não esqueci do texto que quero enviar sobre as nossas conversas e reflexões após a mesa, pois concluo que antes de falar em público preciso tempo e a escrita facilita essa liberdade de ordenar ideias.
Em breve envio um texto elaborado para a vossa companhia. Breve é uma questão de dias, pois o comprometimento é um paradigma essencial para o bem viver em coletivo. wink emoticon
Até jazz
Ana Piu
Br, 15.04.2016
Br, 15.04.2016
Falar da emancipação é falar também dos rótulos que colocamos a nós mesmas e aos outros. |
Falar da violência doméstica é também falar da tirania que as mulheres exercem sobre os homens. foto: Hannah Hoch |
Falar do Guimarães Rosa é falar também da coragem de Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa . |
quinta-feira, 14 de abril de 2016
O CHARME DA VILA SÃO JOÃO
A Vila São João tem charme porque tem charme. E o que é ter charme? O óbvio não é óbvio para todos, logo o que é charme para uns não é para outros. Seria óbvio todos nós termos direito a uma habitação digna, em que a insalubridade não fosse naturalizada. Ter saneamento básico e recolha do lixo assim como a sua separação para fins recicláveis seria algo que deveria fazer parte do nosso dia a dia. Mas não faz. Muitos acham super charmoso viver em apartamentos de luxo, todos empoleirados até ao vigésimo sétimo andar ou viver em mansões como se fossem protagonistas dum filme de Hollywood. Eu acho cafona, mas há quem não ache. Por isso cada um procura onde se sente melhor, na medida em que quer e pode. Só continuo a considerar que as nossas escolhas não devam ser direta ou indiretamente perpetuadores da desigualdade social, porque a desigualdade é uma violência e a violência é uma manifestação da imaturidade espiritual. E para ter espiritualidade não precisamos de seguir religiões formatadoras, assim como ser politizado não significa que sejamos soldadinhos de chumbo de um qualquer partido. Somos dotados de inteligência, e a emocional é que faz de nós gente de verdade.
A Vila São João tem charme porque respiramos natureza e que nos lembra que da terra e das raízes das árvores viemos e como num voo de pássaro a nossa passagem pelo planeta terra é efêmera. Como tal sufocar o planeta terra com asfalto e construções verticais é uma das variantes da violência, uma imaturidade no que toca ao que é ecologicamente sustentável. Tanto a nível ambiental como emocional.
Viver na Vila São João é ainda ter a oportunidade de acreditar que o Brasil poderia ser um imenso Sitio verdejante com clareiras e sombras, onde os carros nãos são mais importantes que os seres vivos.
Há uns anos atrás, quando ainda vivia na cidade de Lisboa em Portugal, um amigo que é alemão comentava que os poucos quintais existentes na cidade as pessoas cobriam-nos de cimento. Esse amigo lembrava ainda que qualquer pedacinho de terra numa cidade na Alemanha era tido como um privilégio. Enfim, dialéticas da industrialização. Daqueles que a conhecem até aos seus limites e a renegam e daqueles que ainda acham que viver no meio do cimento e asfalto é muito evoluído. Já é tempo de aprendermos uns com os outros.
VIVA A VILA SÃO JOÃO DE CAMINHOS DE TERRA, ÁRVORES, PÁSSAROS, CRIANÇAS NA RUA E FESTAS EM CASAS PARTICULARES ENTRE AMIGOS!
Ana Piu
Br, 14.04.2016
A Vila São João tem charme porque respiramos natureza e que nos lembra que da terra e das raízes das árvores viemos e como num voo de pássaro a nossa passagem pelo planeta terra é efêmera. Como tal sufocar o planeta terra com asfalto e construções verticais é uma das variantes da violência, uma imaturidade no que toca ao que é ecologicamente sustentável. Tanto a nível ambiental como emocional.
Viver na Vila São João é ainda ter a oportunidade de acreditar que o Brasil poderia ser um imenso Sitio verdejante com clareiras e sombras, onde os carros nãos são mais importantes que os seres vivos.
Há uns anos atrás, quando ainda vivia na cidade de Lisboa em Portugal, um amigo que é alemão comentava que os poucos quintais existentes na cidade as pessoas cobriam-nos de cimento. Esse amigo lembrava ainda que qualquer pedacinho de terra numa cidade na Alemanha era tido como um privilégio. Enfim, dialéticas da industrialização. Daqueles que a conhecem até aos seus limites e a renegam e daqueles que ainda acham que viver no meio do cimento e asfalto é muito evoluído. Já é tempo de aprendermos uns com os outros.
VIVA A VILA SÃO JOÃO DE CAMINHOS DE TERRA, ÁRVORES, PÁSSAROS, CRIANÇAS NA RUA E FESTAS EM CASAS PARTICULARES ENTRE AMIGOS!
Ana Piu
Br, 14.04.2016
Essa entrada com vitral hoje não existe mais. Mas em vez de asfaltarem o bairro seria uma boa ocasião para recuperar essas obras de arte. Usar a mesma energia mas num sentido mais estético e ético. |
sexta-feira, 1 de abril de 2016
O IMPÉRIO QUE VIROU ATLÂNTIDA ( SÉRIE: É desta que consigo tomates suficientes no aeroporto da Portela para um belo gaspacho)
A esta altura do campeonato ele há coisas que a alma fica a modos que aparvalhada, bobalhona. Por exemplos, quando "aquele bom português ou espanhol", já não afalando dos ingleses, belgas, franceses e outros, acham que são muita mas muita bons, os melhores até, em relação aos 'outros", os das ex colónias.
Mas o que a minha alma fica mesmo dormente é em relação aos tugas, que são os que conheço melhor por eu própria ser tuga. Então não é que alguns destes patrícios chegam em terras de África, por exemplo, e acham que são os tais como se viessem da Escandinávia e Portugal fosse o topo de gama?! Tá bem! Na Tugolândia não tem musseques, favelas das dimensões das tais ex colónias, mas convenhamos que o tal do Império virou uma Atlântida de saudosistas e falidos desempregados que precisam de migrar. Alguns são fascistas e outros até anti fascistas! Olha a aparente contradição!
Há uns tempos veio-me cair às mãos um livro da Simone Beauvoir em que ela descrevia a sua visita ao Brasil em meados dos anos 60. Encontrou vários exilados políticos portugueses anti fascistas que defendiam que "Angola tinha de continuar a ser nossa!"e falar uma coisa dessas no Brasil!..... Um anti fascista imperialista. Que mistura bizarra! Enfim, ele há de tudo nesta vida. O que nos resta e até pode salvar é perguntar a nós mesmo e responder com honestidade de que lado estamos da vida e que respeito consagramos à mesma.
Ana Piu
Brasil, 01.03.2016
Brasil, 01.03.2016
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