terça-feira, 7 de outubro de 2014

E O QUE É ISSO DE SER PALHAÇO?


Série n°34 - Nez à nez 
Madagascar 2006 © Pierrot Men



Quando chegamos numa sala, num recinto, numa outra cidade, num outro país e até mesmo num outro Continente o que desejamos profundamente?...............................................
Ser aceites, sermos acolhidos mesmo que não falemos a mesma língua ou mesmo que a falemos tenhamos um modo um tanto ou quanto diferente de nos expressar. 
A empatia pode se dar num simples olhar onde a nossa pupola é refletida na pupila de quem está na nossa frente. Olharmos nos de frente, desfrutar da subtileza de um toque de mão.

No fundo no fundo ninguém quer os demais sintam pena de nós quando numa situação vulnerável nos encontramos. No fundo no fundo o que desejamos é compreensão e um tanto de ânimo. Muitas vezes não queremos rir, mas focarmo-nos juntos no momento presente que é o prazer de estar valem mais de três mil gargalhadas.



















Série n°27 - D'un côté à l'autre
Philippines 2005 © Rima Abdul Malak


Partilhar horas de trabalho com uma plateia ou com um grupo de trabalho é no minimo gratificante, principalmente quando esta valoriza o rigor e a entrega de quem oferece o seu trabalho. Algumas vezes achamos que a nossa presença é imprescindível e temos de engolir em seco que não nos esperavam e que o silêncio demora para que juntos partamos nessa viajem. Outras vezes o impacto que temos sobre aquela pessoa que está do outro lado do vidro, numa hercúlica e longa estadia no hospital é tamanha que perdemos a dimensão do tamanho desse momento. 
Outras vezes a empatia leva tempo a ser estabelecida. Minutos. Horas. Dias. 




Série n°25 - Jeux de miroir
Rwanda 2005 © Pierrot Men


Mas uma mão aberta caba sempre por encontrar outra mão aberta.



Ana Piu
Br, 07.10.2014


Ana Piu: ATRIZ PALHAÇA.

Vive no Brasil. Frequenta a pós graduação de Antropologia Social na UNICAMP/ Estado de São Paulo.  Com o projeto: Na eternidade cabe lá todo o mundo: visita dos palhaços do Grupo Gandaiá a dois asilos de Indaiatuba, no estado de São Paulo - Ana Figueiredo (PPGAS-Unicamp).

Faz parte de um núcleo de mulheres palhaça orientado por Adelvane Neia.
Em 2013 participou do projeto Cria Cores- (Manipulação de bonecos) PROAC. (Circulação – 40 cidades – SP). Cria o grupo de teatro “Balbinas Beduínas” com Denise Valarini, que funde o teatro de manipulação de objetos, marionetes e clown. 

Fez parte dos Doutores Palhaços do Operação Nariz Vermelho entre 2003 e 2011. Leccionou clown  e teatro do gesto no Evoé, na Estal, Fornmação de Atores (Lisboa).

Orientou workhops de Clown em diferentes locais, nomeadamente no Teatroesfera, Mil e uma Danças (Lisboa/Portugal) entre outros.  

Iniciou a sua formação artística em 1991 em curso de actores do IFICT (Lisboa), ingressa em 1992 na Escola de Teatro de Évora. Em 1996/97 é bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian para estudar na École International du Thêatre Jacques Lecoq, Paris.

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