Muita gente estuda para ser professor. Muita gente estuda para dar aulas, porque é isso que o mercado de trabalho oferece de mais imediato. Dar aulas é muito diferente de ser professor. Além da pessoa escolher esse ofício, logo estuda e trabalha para tal, o mais provável é ela gostar do que faz.
Há quem diga que ser professor é das profissões mais stressantes. Imagino que sim. Enfrentar seres humanos em formação, a carga horária, as horas extras em casa a preparar aulas e corrigir testes e que muitas vezes não se paga além de ter de enfrentar, por vezes, ambientes insalubres de equipes fofoqueiras que entram na sala de professores para falar mal dos alunos e de tudo e dos colegas, mais as ordens de cima que não é para voar muito alto porque sabe como é, sentido crítico nem sempre se adequa com a proposta da escola que defende moral e bons costumes e obediencia. Só resta saber o que esses tres termos significam para quem censura e boicota a informação e reflexão . Então é preciso ter muita sorte para ser empregada no local onde a escuta, a comunicação não violenta, a inteligencia emocional sejam premissa.
Uma boa coordenação é fundamental para que uma equipe funcione. Uma coordenação que não enxerga o trabalho da sua equipe está fadado ao ensino como algo, chato e ao limite sem vida. Em todas as áreas isso acontece, mas ser professor de artes é um grande desafio, principalmente quando o desconhecimento em relação a importancia da criatividade como construção identitária e de exercicio de cidadania é quase nulo se não nulo. Fofocagem e boicote ao trabalho do professor é tudo menos pedagógico. Por essas e outras o Ensino está falido.
Muitos e muitas desistem de dar aulas, de serem professores pelo ambiente promovido pela direção e/ou coordenação, mesmo que tenham de assumir uma fase de desemprego. Agora pergunto: quem perde com tudo isso a médio e longo prazo?
A Piu
Brasil, 09/06/2019
Brasil, 09/06/2019
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