Fiquei estes dias digerindo o último texto que escrevi para a página Ar Dulce Ar: "Romper o Silêncio". Fui observando as interações mais evidentes que era alguém curtir o texto e até mesmo a página. Enquanto digeria tudo isso, com quem vai retirando cirurgicamente um tumor maligno que assombra o melhor se relacionar, olhava pelo rabinho do olho aquelas pessoas que estavam on line no facebook. E car@s seres humanos, deu aquela entristecida que foi realizar que algumas pessoas que são me familiares e até mesmo amigas do outro lado do oceano - que é de onde venho, mas vim de avião com um propósito totalmente distinto dos meus antepassados que vieram em caravelas e navio - já maltrataram ou maltratam as suas companheiras e ex companheiras muitas vezes com filhos em comum. Deu aquela entristecida ( adoro esses sufixos que se usam no Brasil de " idas" e "adas"!! :) Dar uma relaxada, uma ajudada naquela entristecida por vezes desesperada :). Então, sendo eu uma ser humana feminina de cunho lusitano sinalizei algumas pessoas que são seres humanos masculinos de cunho lusitano são igualmente abusivos e ao limite agressivos, embora eu possa admirar outros aspectos das suas vidas. Por exemplo, aquele sujeito que é um ótimo músico, super criativo mas que tem comportamentos estúpidos, bastantes estúpidos, com a sua ex companheira mãe da sua filha. Outro exemplo, e este bate muito fundo: alguém que eu conheço desde que me sei gente e que tem um monte de características boas, por isso está com a mesma companheira há anos e dá para ver que ela o ama imensamente nas hora de felicidade e do aperto como doenças graves e esse badameco, por insegurança, faz cenas de ciúme infundadas como fazia o seu pai com a sua mãe e que por sua vez o seu pai foi maltratado pelo seu pai. Olha só! Uma sequência de gestos de desamor! Aliás, de gestos de amor distorcido. Então, temos que olhar de frente esses parasitas emocionais que nos sugam a alegria de viver na plenitude e tomar consciência que isso não é bom para ninguém. Nem mesmo para o próprio. Uma pessoa que faz sofrer a outra é porque também está em sofrimento.
Depois ainda há os inconsequentes, que escarnecem das mulheres achando que elas são burrinhas e que tem de aturar estupidezes de brincadeirinhas de mau gosto. Aí proponho que o ser humano coloque um espelho à frente de si mesmo e repita as vezes necessárias: " Eu amo-me profundamente e cuido de mim! Para amar alguém eu tomo esse compromisso comigo mesmo!" Se estiver no Brasil pode falar: " Eu me amo" e continuar a frase. Não estamos aqui para discutir construções frásicas. Capichiu? ;) Depois de afirmar isto até ficar incorporado ri-se de si mesmo com alegria. Aí já pode ir ter com alguém para brincar junto ao invés de rir do outro ou da outra com cinismo e malícia. Porque alguém que faz isso quer também atenção, mas duma forma muito tosca e ao limite nociva. Mas nós passamos por vários momentos na vida até entendermos, se nos prestarmos a isso, que urge amadurecermos. E esse amadurecimento passa também por assumir as nossas mancadas tranquilamente e se houver coragem suficiente, e isso é excelente se houver, falar um " Sinto muito" para quem desconsiderou e/ou magoou com a sua rudeza e tosquice. Ou então, simplesmente olhar nos olhos. Como somos co emergentes quem se quiser apaziguar com situações chatas vai aceitar esse digno gesto de assumir que não foi muito feliz em alguns dos seus comportamentos e do outro lado, provavelmente, a pessoa também vai pedir um sinto muito por ter causado algum transtorno na sua vida. E assim tudo está bem quando acaba bem, como já dizia o Guilherme Vitamina/ Batido de Pêra. O William Shakespeare!
Olhem, eu coloquei aquele titulo lá em cima porque tinha pensado escrever outras coisas, nomeadamente como surgiu a ideia de criarmos o espetáculo "Ar Dulce Ar" juntas, na sequência dum episódio menos agradável de intimidação dum ser masculino ex companheiro de uma de nós. Mas depois foi para este lugar, porque achei importante enviar este recadinho aos sujeitos acima citados, que muito tenho em consideração, mas tenham juízo que as mulheres são para serem amadas, assim como os homens e outros gêneros. Se não quer mais ou se nunca quis, retire-se. Siga a sua vida e seja feliz e de preferência faça os outros felizes.
Beijos beijas, abraços e abraças desta palhaça que é ser hu mana
A Piu
Brasil, 07/06/2019
Ah não se esqueça de curtir, se curte, a página no facebook " Ar Dulce Ar"- espetáculo de palhaçaria feminina sobre erradicação da violência contra a mulher com Geni Viegas e Ana Piu com direção de Leonardo Tonon e assessoria artística de Adelvane Neia.
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