domingo, 25 de setembro de 2016

BORA MUDAR O PARADIGMA? BORA DEIXARMOS DE SER FORASTEIROS PARA NÓS MESMOS E UNS PARA OS OUTROS?


É tempo de cura interior? Talvez isso venha no calendário Maia. Não sei. Se não vem poderia vir, visto a sabedoria indígena ser tão poderosa e tão relegada ao esquecimento. É tempo de sermos mais humildes nas nossas certezas. E antes de ser um movimento coletivo, urge um movimento individual.
Não tenho a coragem desta artista que se submete às psicopatias de cada um, quando a estas lhes é dado espaço. Mas já me coloquei no lugar da vulnerabilidade, aquela vulnerabilidade de ser "forasteira". Algumas vezes também somos "forasteiros" na "nossa própria terra". A nossa terra é onde estamos. A nossa terra é o espaço sideral, o cosmos. Temos de abrir mais os sentidos para sabedoria indígena, para compreender que assim o é.
Estar num lugar de vulnerabilidade possibilita-nos entender o fundo de cada ser humano. Há quem se aproxime e acolha com a compreensão de quem já esteve nesse lugar; há quem ache que a sua atitude caridosa vertical vai ajudar além do seu reconforto de ego; há quem pura e simplesmente despreza e há quem ainda espezinha, provavelmente porque se acha superior e não aguenta a sua própria vulnerabilidade.
Mais do que um direito é um dever sanarmos as nossas dores interiores, algumas lá do fundo dos tempos. Não me parece que seja naqueles igrejas de surto, de culto ao surto, que ficam aos berros excomugando a vida porque esta é obra do diabo.
Enfim, cada um terá de trilhar o seu caminho espiritual com ou sem deuses. No rebanho ou fora dele. Pessoalmente os rebanhos... Enfim.... Sejamos livres para escolher o que melhor nos preenche! A isso se chama ativismo espiritual. Muitos de nós nunca aprendeu. Nunca aprendeu a respirar conscientemente, a ter uma postura física adequada a que o coração se abra e a olhar para a vida com respeito e para os outros com olhos de gente e não de alienados em chagas sentimentais e emocionais interiores por curar.
É tempo de estarmos atentos a nós mesmos para que esse grande cliché deixe de o ser: AMOR.
Ana Piu
Br, 25.09.2016

Em 1974, a artista Marina Abramovic fez uma performance em que ela dizia para visitantes que não se moveria durante seis horas, não importa o que fizessem com ela. Ela colocou à disposição em uma mesa do seu lado 72 objetos que poderiam ser usados para agradar ou destruir, incluindo desde flores até uma faca e uma arma carregada. Ela convidou os visitantes a usar os objetos nela da maneira que desejassem.
Inicialmente, disse Abramović, visitantes estavam pacíficos e tímidos, mas se tornaram violentos rapidamente: “ A experiência que eu aprendi foi que… se você deixar a decisão para o público, você pode ser morta… Eu me senti muito violada. Cortaram minhas roupas, enfiaram espinhos de rosas na minha barriga, uma pessoa apontou a arma para a minha cabeça, e outra tirou a arma de perto. Isso criou uma atmosfera agressiva. Após exatamente 6 horas, como planejei, eu me levantei e comecei a andar em direção ao público. Todos fugiram correndo, escapando de um confronto real.”
Esta performance revelou algo terrível sobre a humanidade, similar ao que o Experimento da prisão de Stanford, de Philip Zimbardo e o Experimento de obediência de Stanley Milgram, também mostraram a rapidez com que pessoas se agridem dependendo das circunstâncias.
Essa performance mostrou como é fácil desumanizar uma pessoa que não pode se defender, e é particularmente poderosa porque desafia o que achamos que sabemos sobre nós mesmos.


Autor do texto desconhecido(por enquanto)

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