domingo, 11 de setembro de 2016

A REDUNDÂNCIA DO AMOR LIVRE




Alguns poderão chamar-me careta, que ainda não saquei o que é o amor livre, que o pessoal é mesmo é poligâmico e por aí vai. Mas agora pergunto: amor livre não é uma redundância? Se é amor é livre. Amar é querer bem incondicionalmente sem possessão. Se o ser amado não quer ficar connosco paciência... Está num outro momento da sua vida. Ou então não aprecia o nosso amor. Logo teremos de nos perguntar:´devo alimentar um amor de quem não aprecia o amor que nutro?- e ainda: " Se alguém quer ficar com um rol de amantes, enamorantes e outras coisas que parecem acolhedoras mas que acabam por ser distantes, devo aguentar uma situação que me faz infeliz ou insegura ou sem confiança numa relação que sinto frágil porque é tudo e não é nada?
Pronto, esta é a minha caretisse! Ainda estou para conhecer sujeitos atuantes que saibam lidar com o amor livre a médio e longo prazo. E vamos já aqui combinar que amor livre tem como base o respeito pelos diferentes parceiros. Muito diferente de " safadice de ocasião". E uma coisa é amar diferentes pessoas, mas com tipos de amor diferentes do romântico, daquele intimo, companheiro, ao limite para todas ou quase todas as ocasiões. Pergunto honestamente: Se construir um amor honestamente romântico com uma visão construtiva a médio longo prazo já é uma trabalheira com alguém, pois a demanda de gerir emoções e energias é muita imagina com mais um ou dois parceiros?
Eh pá, não sei. Tenho dificuldade em ter uma visão clara do sucesso duma prática de amor livre poligâmico a médio e longo prazo. E com isto não quero apregoar que o "viveram felizes para sempre" é uma obrigação. Mas já que as pessoas se disponibilizam a tentarem serem felizes umas com as outras, se eventualmente cada uma for para seu lado que esse respeito mútuo permaneça. Parece-me que é o mínimo! Vai-se a paixão, a tal de tesão, o amor, mas fica a amorosidade. O amor é o que as pessoas combinam entre si para que não se firam gratuitamente, não é? É ou não é? :)
Parece-me bem e decente. Decente, claro, numa perspectiva igualitária sem falsos moralismos
Ana Piu
Br, 11.09.2016



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