“Cantas bem, mas não me alegras: práticas do oba oba” (Rio de Fevereiro, 2013)
Partindo da Música Popular Brasileira e o impacto que esta tem tido desde os nos sessenta do século passado até à atualidade no mundo, em especial nos países lusófonos, Saveresi Telles vai discorrer sobre o modo com esta expressão musical chegou durante o fascismo, driblando a censura, e que depois torna-se icónica no consolidação da democracia, nomeadamente em terras portuguesas. Se por terras brasileiras a Bossa Nova, assim como Chico Buarque, por exemplo, são tidos como produto musical para uma elite equerdelhizada, no resto do mundo estes gêneros musicais são a promessa da qualidade musical aliada à democratização, assim como outros gêneros de música realizados até então.
Partindo da Música Popular Brasileira e o impacto que esta tem tido desde os nos sessenta do século passado até à atualidade no mundo, em especial nos países lusófonos, Saveresi Telles vai discorrer sobre o modo com esta expressão musical chegou durante o fascismo, driblando a censura, e que depois torna-se icónica no consolidação da democracia, nomeadamente em terras portuguesas. Se por terras brasileiras a Bossa Nova, assim como Chico Buarque, por exemplo, são tidos como produto musical para uma elite equerdelhizada, no resto do mundo estes gêneros musicais são a promessa da qualidade musical aliada à democratização, assim como outros gêneros de música realizados até então.
Na segunda parte do livro, a autora vai etnografar como observadora participante o descaso que se tem feito nas duas últimas décadas da música popular brasileira, sendo as rádios invadidas por um gênero safadão, que incentiva à paquera como um sub produto da sedução, reafirmando a subalternidade de um gênero sobre o outro, em que a mulher é vendida para o resto do mundo num pacote carnavalesco, com os respetivos apliques e chumaços. Já o grito de guerra da safadice oba oba é: “E aí! Galeraaaaa! Tudo em cima?” Tudo o que for fora disto é pensar demais, logo não interessa.
No final do livro Savaresi conclui com brevidade que tudo é um ato político. O que comemos, o que vestimos e calçamos, a música que ouvimos, o modo como no relacionamos, o que pensamos e exprimimos. Isto é, o que ingerimos e digerimos ou não é um ato político.
Ana Piu
Brasil, 01.08.2016
Brasil, 01.08.2016
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