segunda-feira, 22 de agosto de 2016

SER OU NÃO SER

Há quem seja assumidamente fascista. Hoje esse way of life emerge... Ao fim de 70 anos emerge na velha Europa. Mais facilmente emerge na Escandinávia do que na traumatizada Alemanha. Lá as gerações seguintes cresceram com esse peso da memória e trabalhando pedagogicamente para que não voltasse a acontecer. O fascismo no Brasil também está eminente. Aliás! Uma terra de coronéis e ricalhaços de mansões, assim com uma PM que atua na sociedade civíl o fascismo nunca acabou. E isto tem de ser olhado de frente. Não pode ser tabu. Quem fala daqueles anos entre 64 até 89? Sim, porque se não carregar energias negativas é sambar com o esquecimento e com a violência, a mentira. E a mentira é uma violência. "O POVO CALADO SERÁ SEMPRE ENGANADO!" como cantam os homens da luta lá da 'nha terra.
Já ter atitudes fascistas são próprias do povo equivocada, calado, silenciado, propositadamente alienado pelos assumidamente fascistas que anseiam o poder através da segregação e ao limite higienização.
Ora o que caracteriza atitudes fascistas? A mais visível é ser racista, depois ainda há xenofobia ( mas a xenofobia pode-se caracterizar pelo facto de não se aceitar o diferente, mas quando este aculturado aí já é aceite), depois há o desprezo pelo trabalho do outro, achar que o trabalho do outro não tem valor e que se este não poder viver dignamente do seu trabalho... AZAR! É porque não merece... Não se esforçou o suficiente. Ser malandro, desonesto também é uma atitude fascista. Ser competitivo, comparar-se denegrindo a imagem do outro e olhar para o trabalho do outro com desdém além de ser medíocre também é, ao limite, fascista.
O que nos resta? Abrir os olhos, fechar olhos, respirar fundo e mergulharmos no fundo dos olhos uns dos outros. Como o Criolo canta:" As pessoas não são más, só estão um pouco perdidas. Ainda há tempo!"
Ana Piu
Braziule, 22.08.2016
foto: Ralf Henze


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