Sete dias já se foram. Seis dias se passaram e eu senti um murro na minha alma ao saber da tua partida. Fiquei sem chão, sem ar, azamboada. Ía a caminho do mar e assim que cheguei mergulhei muitas vezes lembrando-me de ti, da tua voz e olhar doce, da tua persistência em lutar contra o teu estado. Eu sei, pelas tuas palavras e confiança na minha mão e coração estendido, que eu era importante para ti. Também eras e é para mim. Fiz o que estava ao meu alcance, mas não posso ter a pretensão, como acredito que ninguém possa ter, em evitar a tua decisão consciente ou não. Ninguém tem o direito de julgar.
Eu senti muito carinho por você e o dever de me colocar à disposição para te ajudar no que podia. E quero te dizer que você não incomoda quando a tua energia vital não estava sempre em alta e que é merecedora de ser feliz e de saber que não está só.
Sempre me lembrarei de ti, querida amiga, que conheci já durante o confinamento, e mesmo à distância sinto um profundo carinho por você. Que a tua alma siga em paz com leveza e sorriso florido e sonhável. Que a quarta feira de cinzas se transmute em geometria cósmica em que nada acaba nunca só muda de lugar, minha querida Bárbara. Mesmo a saudade aqui dentro teime em perguntar: "Porquê?", trago-te eternamente no meu coração.
A Piu
Br, 09/03/2022
Sem comentários:
Enviar um comentário