segunda-feira, 18 de novembro de 2019

BERLIM DE NÓS

Hoje, ao me sentar para trabalhar numa cadeira que não é de trabalho e sim de respaldo tropical como aquela que a Elis Regina se senta na capa dum disco, cadeira essa  que para trabalhar não é a mais indicada para quem sofre de escoliose desde os 7 anos, cheirou-me a m...... fedia a algo estranho. Bom, vou acender um pau de incenso. Eh pá! Mas isto não é um cheiro de ocasião! Isto veio para ficar! O que se passa? Quase quase a acender o dito incenso. PAU!!! Descobri uma diarreiola duma sujeita canina bebé que chegou ainda agora aqui a casa!!! Conclusão: se não limpas, o pau de incenso não resolve. Podes acender mil! Olha para a m... e limpa sem abafar odores!

Faz 11 dias sobre o dia 9 de Novembro que marcou a data da queda do muro de Berlim em 1989. Nesse ano também se criava o teatro lambe lambe em Salvador da Bahia pela Denise e Ismine eu, adolescente, começava a fazer teatro amador na kapital: Lisboa. A minha primeira personagem foi a alemã Lili Marlene, baseado num texto do Brecht.

Ontem assisti ao filme " O meu querido Muro de Berlim".  É uma ficção baseada num quotidiano duma Alemanha do Bloco de Leste. Só me vem à cabeça: coitados dos alemães!... O que eles precisam de rever intimamente para não sofrer tanto despotismo? O que nós precisamos de rever na nossa conduta para não cair num descalabro moral e ético?

Tenho uma atração por Berlim. Por duas vezes tentei viver nessa cidade. Uma em 1994, outra em 2011. Uma cidade que me atrai e que me afasta. Não tenho ainda peito para enfrentar o Inverno interminável. As circunstâncias também encaminham em outra direção. Quando estou em Berlim, por vezes, sinto saudades de casa. Onde fica a minha casa? No Brasil sinto-me em casa. No meu país de origem, Portugal, sinto saudades do Brasil com todas os seus contornos luminosos e obscuros e lugares para abraçar.

Berlim... Meu amor. Tão charmosa, tão alternativa, sofrida, vendida e irreverente sinto muito por tanto sofrimento fruto do despotismo, do ego confuso, da megalomania e complexo de superioridade( logo de inferioridade)  da sede de poder, da incompreensão de alguns diante da beleza da simplicidade que é viver. Amo-te muito Berlim, sinto-me em casa e forasteira. Até um dia quando se sararem e cicatizarem  as fobias! Não consigo imaginar o que é viver com tanta espionagem e repressão, que se viveram nas últimas décadas e até séculos nesse lugar. Doentio. Algo que me intimida por ser tão surpreendentemente raso. Somos tod@s muito mais que isso. Urge curar esse padrão. VIVA A LEBERDADE DE SIMPLESMENTE SER ERRADIANDO LUZ INTERIOR!

Um abraço tropical a la Bert Hellinger
APiu
Br, 18/11/2019

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