Não me deixes tonta que eu faço uma careta. E como cada vez estás mais careta mais caretas te faço! |
Nem sei se lá vai com homeopatia |
Somos na medida em que nos deixamos afetar e que afetamos. Mais do quê é o como.
Somos as relações que criamos. Se focamos no lado saudável somos uma coisa, se focamos no lado doente e negativo somos outra. Lógica da batata.
Quis escrever acerca da neurose do meu país de origem que já não aguento mais. Uma questão de amor próprio, de manter à tona o máximo possível a sanidade mental. E se por vezes estamos vulneráveis e exprimimos é bom sinal. É sinal que sentimos. Insano é engolir sem mastigar. Insano é manter uma relação que não ata nem desata que na sua mesmice vira uma coisa neurótica, psicótica. E daí a pessoa revira os olhos, esbraceja, fala, grita que isto assado, frito e cozido. Mas quando volta a um estado de lucidez aceitável percebe que estava possuída pela loucura alheia. Isto serve para uma relação tanto ao nível pessoal como a um nível maior, dum bairro, duma instituição, duma cidade, dum país, dum continente, dum planeta global, mundial. Se ficamos fora do eixo há que perceber o que nos pertence e o que não nos pertence. Da minha parte uma relação saudável seja a que nível for já me amacia a respiração e olhar não fica tão esbugalhado. E assim a vida sorri, mesmo com todos os desafios. O desafio de ser feliz. Um dever individual que se estende para o coletivo. Diria.
Ana Piu
Brasil, 8.10.2015
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