Em criança, como muitas crianças no mundo inteiro, ficava encantada com cachorrinhos. A minha avó sempre perguntava: " E quem vai cuidar? Eu? Vocês querem e depois quem cuida?" Na verdade, para mim, cuidar de cachorrinhos não dá assim tanto trabalho. Comida, água, carinhos, espaço aberto para correrem e brincarem e um lugar para dormirem sem estarem acorrentados. Básico.
Já ter um filho, como mãe há já algum bom par de anos já requer umas responsabilidades acrescidas. Fico sempre impressionadissima com quem considera que ter uma animal de estimação é igual a ter um filho. Provavelmente a pessoa não tem filhos e coloca todos os seus afetos e entrega a um animal por este ser dócil, se o tratarmos bem. Ter um animal é muito bom. Não precisa de ir à escola, de se sociabilizar com outros seres humanos para entender que o narcisismo não compensa, não precisa de se vestir porque já tem pêlo logo não é barrado pelas autoridades por atentado ao pudor, não precisa de aprender a falar para expressar as suas escolhas na vida presente e futura. Ter um filho não é uma brincadeira nem um capricho que se acha romântico porque se está terrivelmente apaixonada ou porque existem homens que consideram viril espalhar filhos pelo mundo sem assumir a responsabilidade plena. Ter um filho. é uma decisão para a vida inteira que engloba suprir as necessidades básicas de saúde, educação e afeto.
Já ter um filho, como mãe há já algum bom par de anos já requer umas responsabilidades acrescidas. Fico sempre impressionadissima com quem considera que ter uma animal de estimação é igual a ter um filho. Provavelmente a pessoa não tem filhos e coloca todos os seus afetos e entrega a um animal por este ser dócil, se o tratarmos bem. Ter um animal é muito bom. Não precisa de ir à escola, de se sociabilizar com outros seres humanos para entender que o narcisismo não compensa, não precisa de se vestir porque já tem pêlo logo não é barrado pelas autoridades por atentado ao pudor, não precisa de aprender a falar para expressar as suas escolhas na vida presente e futura. Ter um filho não é uma brincadeira nem um capricho que se acha romântico porque se está terrivelmente apaixonada ou porque existem homens que consideram viril espalhar filhos pelo mundo sem assumir a responsabilidade plena. Ter um filho. é uma decisão para a vida inteira que engloba suprir as necessidades básicas de saúde, educação e afeto.
Ter um filho dá trabalho, já não falando no trabalho de parto com aquelas dores que equivalem a um esforço dum atleta que dá não sei quantas voltas a um estádio. Ter um filho e depois outro é uma decisão que se quer consciente. Normalmente a mãe, se souber que não é pau para toda a obra, vai pensar: " Voltar à estaca zero dos primeiros cuidados? Será que é mesmo isso que eu quero? "
Existem mulheres cujo objetivo de vida é serem mães. Mas normalmente elas vislumbram um pai para as suas crias. Outras querem consciente ou inconscientemente educarem sozinhas. Mas ser mãe solteira por escolha própria a partir do segundo ou terceiro já me parece um pouco difícil. Embora haja.
Existem mulheres cujo objetivo de vida é serem mães. Mas normalmente elas vislumbram um pai para as suas crias. Outras querem consciente ou inconscientemente educarem sozinhas. Mas ser mãe solteira por escolha própria a partir do segundo ou terceiro já me parece um pouco difícil. Embora haja.
Com esta idade, criando duas filhas praticamente a solo, eu como muitas mulheres que fazem mais coisas além de serem mães e que viajam com o seu trabalho e sempre voltam à base porque somos mãe, provavelmente ter mais um filho não seja assim uma daquelas prioridades. Hoje, mais que nunca, a prioridade de muitas de nós mulheres é elevar a nossa auto estima para não cair em roubadas de relações amorosas que somos nós a fazer de mães de parceiros que deveriam ser nossos companheiros e não filhos que alguns acham bonitinho ter um filho duma forma inconsequente. Isto também se aplica a querermos logo metermos-nos na casa uns dos outros mal nos acabamos de conhecer. Quem nunca o fez ou pensou fazê-lo? cri cri cri Primeiro auto conhecermos-nos já é um grande ato revolucionário para a Humanidade, depois irmos conhecendo o outro ser passo a passo, apreciando-o, sabendo se esse canal que vai de mim para o outro é nutritivo ou tóxico é super mas super revolucionário. Sermos mães e pais de nós mesmos é um grande contributo para que não fiquemos pesados na vida adulta nos ombros de outra ou outras pessoas. Se uma relação aprofundada com nós mesmas e nós mesmos já é um trampo daqueles imagina com outra pessoa ao ponto de querer ter filhos! Algumas de nós já tivemos a nossa dose, estamos sossegadas e passamos para a frente a brincadeira de brincar aos bebés com homens que em criança nunca mudaram uma fralda a uma boneca de pano nem lhes deram mamadeira. Algumas de nós mulheres o que queremos é apreciar a vida com amor e ficar de bem com a esta, a tal da vida. Estar de bem com a vida é sabermos-nos respeitadas e livres para nos realizarmos além da maternidade e do casamento protocolar. Muitas de nós já não acreditamos mais nem no papai Noel, nem em príncipes encantados nem potes de ouro no final do arco íris. Acreditamos sim que se estamos inteiras somos a nossa melhor companhia e que existem fortes probabilidades em nos atrairmos por outros seres inteiros que se bastam e sabem o que querem duma forma KISS- beijo em inglês- Keep it specific and simple - mantém isto ( a tua escolha de felicidade) especifica e simples. Em suma, foco no coração e na respiração.
Beijinhos, boa quarentena proveitosa para olharmos para dentro, cuidemos-nos e até ao próximo texto!
A Piu
Campinas SP 24/04/2020
Campinas SP 24/04/2020
imagem: - Se tu não entendes o meu silêncio, como vais entender as minhas palavras?-
colagem: Paula Soares Pleuger
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