terça-feira, 30 de outubro de 2018

DIÁRIO DE BORDO DA MADAME FURRECA

Aqui há uns dias, lá pelo sábado ou domingo, nas vésperas dum divisor de águas diz-me assim, uma tal de Mary Flower: " O meu professor de ciências ensinou-me a como viver numa ilha!" Logo, claro, fiquei assaz curiosa e pedi detalhes. " Só precisas duma lona, duma panelinha e duma pedra. Depois colocas a lona em cima da panelinha. Fazes xixi lá para dentro e colocas a pedra. O xixi vai filtrar e terás água boa para beberes. Vais ter uma porção de xixi para 6 porções de água. " Essa parte da equação, como não sou aquela brasa em contas e proporções ela explicou, mas o piloto palhaça entendia tudo ao contrário sem ser de propósito.

Mas fica a dica para quem quiser ir para uma ilha. Cá no meu parecer eu acho que dificilmente encontraremos ilhas desertas e se as houver será muito entediante. Mesmo assim a Madame Furreca adora, mas adora mesmo conviver com  os demais, (re) conhecendo as suas transcendências e misérias humanas.

Em criança, a Madame Furreca, adorava e ainda adora o desenho animado japonês: Conan, o rapaz do Futuro. A história era passada, penso que numa ilha, depois da terceira guerra mundial onde se esperava o apocalipse vinham aquelas criaturas engenhosas de habilidades várias.
Logo, desde a mais tenra idade, aqui a Madame Furreca entendeu que onde se espera o nada sempre aparece vida e nem tudo está perdido. Uma questão de olhar a vida e o mundo noutro prisma, transformando xixi em água e quiçá as fezes do mundo em adubo. Tudo se recicla para que sejamos mais conscientes da missão, do propósito que nos trouxe até este planeta. Se seguimos o caminho do coração ou se seguimos o caminho da ambição que cega e não reverencia a Vida.

Conaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaan! - grande grito de re existência que esse rapaz ensinou à Madame Furreca!

A Piu
Br, 30/10/2018

tradução: dançar ombro a ombro

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