Tod@s podemos ser flores de lótus e isso é muito bonito |
Nós sempre, ou quase sempre, queremos acreditar que temos razões para sermos vitimas e/ou culpados. Porém, todavia, contudo, no entanto quando começarmos a assumir a responsabilidade pelos nossos sentimentos, pensamentos e condutas a vida fica muito, mas muito mais leve.
Existe um exercício, que conheci através da palhaça pedagoga Angela de Castro que consiste em colocar várias cadeiras distribuídas pelo espaço. Todas estão ocupadas, menos uma. Quem leva o exercício ou um participante tenta se sentar na cadeira vazia. O objetivo é que não se sente em nenhum lugar. Os participantes tem de se olhar e estar atentos. Para criar também alguma urgência eu me apresento como Adolfa, para que não me deixem sentar em circunstância alguma.
Quando um decide levantar-se deve ser consensual, pois não pode voltar atrás correndo o risco da sua cadeira ser ocupada pela " algoz". No inicio do exercício eu sempre pergunto quem tem mais possibilidade de re existir: quem entra em desespero ou quem mantem a calma e a conexão com o resto do grupo. Você leitora e leitor que se deu ao trabalho de parar e ler este texto pode dar a sua própria resposta para você mesmo. Mas na maioria das vezes as pessoas tendem a se precipitar e ficar tipo galinhas no galinheiro assustadas com o cachorro que entrou no seu lar doce lar.
Ah! Outra coisa! Sabem porque é um momento bastante auspicioso? Porque quem é a favor da democracia, neste preciso momento, é chamado a ter mais consciência dos seus preconceitos, das suas pequenas e grandes negligências que são desrespeitosas, logo abusivas. A olharem para as mulheres mais com mais admiração e respeito, porque uma coisa é sedução outra é assédio e objetificação d@ outr@. Vivemos um bom momento para checar como temos cuidado de nós mesm@s e dos demais. E isto toca tod@s nós, mulheres, homens e gêneros assumidos fora dessa dicotomia.
Ana Piu
Brasil, 30/10/2018
Qual a diferença entre erotismo e pornografia? A sensualidade é uma troca ou vamos continuar naquela expressão ultrapassada: " Dei para o cara"? |
https://universa.uol.com.br/quiz/2017/12/11/voce-e-um-parceiro-abusivo.htm
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com a palhça Maffalda dos Reis ( Geni Viegas), palhaça Bell Trana D'Talll ( Ana Piu) com direção artística de Leonardo Tonon e assessoria de palhaçaria: Adelvane Neia
obs: este texto foi escrito Ana Piu ( atriz palhaça com formação em artes cênicas, graduada em Antropologia e mestrado em Antropologia Social)