domingo, 3 de junho de 2018

AMOR, SEXO E SORORIDADE



" Amigas, mulheres maravilhosas, livres, leves sexy e soltas
Dá pra gente segurar nossa chama bacurinesca no caso do cara tá acompanhado, dá não?
Ele pode até ser um babaca, sei lá, até Frida cortou prego. Mas as relações que podem ser estabelecidas com mulheres fantásticas, não precisam ser destroçadas por uma palminha saltitante, vamos segurar a onda?!
Respeitar outras mulheres pode ser muito mais proveitoso que corar bochecha pra macho já amado.
Desabafo há tempos guardado, não dá pra passar pano pra mulher que tá passando rodo em lugar desnecessário. (...) Liberdade sexual não tem nada que ver com competir com a colequinha. Competição é doença mental, e existe, e tá mais palpável que a gente possa imaginar. Sinto muito mas essas não quero chamar de manas."
Competição, além de insegurança é avidez. Egocentrismo. Porém, também existem mulheres e homens que têm a mania de achar que são cobiçadas ou que cobiçam as suas parcerias. Sindrome da gostozice gatinha renhau renahu. Então tomam uma atitude sonsa de mostrarem que se querem muito e que alguém que vêm de fora é um perigo eminente. Normalmente, o que está latente em ambos os casos é uma repressão de sentimentos e desejos mal resolvidos que se traduz em mediocridade. No meu ponto de vista claro! E há que estarmos atentas e atentos às nossas próprias mediocridades. Se se dá o caso de estarmos porventura com alguém que é babaca, o que essa pessoa e situação está dizendo de nós? Se alguém cobiça a pessoa babaca com quem nós estamos, talvez essa pessoa está nos a fazer um grande favor de nos livrarmos dessa situação o mais rápido possível. FORA DE BRINCADEIRAS!
Ninguém é de ninguém, muito menos quando amamos esse ou esses alguéns. Nem mesmos os nossos filhos. Sim, amor livre é pleonasmo! Não tem problema nenhum de apreciarmos, contemplarmos alguém! Mas ir com calma sem avidez é o mínimo. Se eu amo a mesma pessoa que outro alguém das duas uma ou das duas duas em que temos temos coisas em comum: ou admiramos alguém admirável que nos transmite confiança e clareza nos seus passos e decisões ou amamos alguém que vacila perante a possibilidade de amar livremente. ( olha o pleonasmo!)
Continuo a considerar que amar várias pessoas, num plano mais intimo em que corpos e almas se unem, é um movimento herculico, principalmente num sistema social como o nosso em que o sentido de coletivo e de comunidade é praticamente uma utopia um tanto ou quanto distante. Estou a ser pessimista? Talvez não. Quando se fala em poligamia em outras sociedades, fala-se de o homem ter várias mulheres. Perguntemos então se elas estão interessadas a da continuidade a essa prática. As Xavantes que conheci pessoalmente não estão. Muitas vezes as mulheres e os homens que dão em cima e coram bochecha nem estão realmente interessados na pessoa que já está acompanhada. Fazem-no muitas vezes por inconsciência (!?... vamos acreditar nisso ), querendo pôr à prova o seu poder de sedução diante de alguém que está feliz, porque por algum motivo não celebram a felicidade do outro porque a sua felicidade está comprometida.
Por outro lado amor e sexo podem ser histórias diferentes, mas as regras do jogo da vida podem e devem estar presentes: observação, escuta, sensibilidade e respeito que é a súmula de tudo. Há quem ache que ama quando na realidade só quer mesmo é dar umas voltinhas e ao limite ainda se vangloriar no seu circulo de amizades, Enfim... sem comentários. Dar umas voltinhas não tem problema nenhum, mas também pergunto se em muitos casos e realmente compensatório ao nível emocional e energético.
(olha esta que se abrasileirou com a história das energias!  Pois é, mas está cientificamente provado que somos energia. Ah poizé! )
Há quem ame, e por amar realmente, sabe intimamente que deve confiar no fluxo da vida com desapego. O que é para ser É e o que não é para ser... para o alto sem choraminguices. O que é facto é que ninguém é de ninguém e o que vale é escutar o coração com ética. Disputas é a velha história patriarcal de propriedade. Ufa.... Estou fora. Quem quer estar realmente junto faz por isso duma forma respirada, com leveza, fluidez.
Ao final a solitude é a capacidade de estarmos acompanhadas e acompanhados da nossa essência e aproximarmos-nos com sabedoria de quem e do que faz sentido. O resto é fogo de vista. Um faz de conta que não se sustenta. Há quem viva esse faz de conta anos a fio. Mas cada um e cada uma tem a sua missão que é cuidar de si mesmo. De preferência com Amor próprio., auto estima. Seja no campo amoroso, de amizade e profissional.
Ai ternura dos quarenta mais as suas lições que nos poupam de vários dissabores, depois de algumas mancadas nossas durante esta desafiante passagem pela vida!

A Piu
Br, 03/06/2018

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