domingo, 4 de junho de 2017

AS PERIGUETES E OS PERIPAUS- dialéticas estéticas de éticas histéricas


Hoje, tudo vira mercado. A própria revolução virou mercado! A revolução sexual, a espiritual, de classes. E por aí vai. Claro, o mercado serve para tirar a força da profundidade. Em torno disso giram vários equívocos, em que o que temos na base é o moralismo. Pode-se definir moralismo, para a circunstância, como algo que nos é apelativo mas que ao limite renegamos e até desprezamos. Permitirmos-nos ser periguetes, aparentemente, é uma escolha super para a frentex. Mas esquecemos que não saímos nunca do lugar da futilidade em que o Ser e o Estar inteira é descurado para sublinhar os apetites do macho alfa. Já o macho alfa, que vou aqui chamar de peripau pois muitos só pensam com a cabecita debaixo, dá igualmente o seu contributo à futilidade. Ser periguete e peripau é aquela cacofonia que todos fingem estar super divertidos, sedentos de momentos ardentes e admirantes e mais que demais, mas há um desprezo mútuo onde subjugar e se subjugar é prato principal dessa comezaina fantasiosa em que de revolução erótica espiritual tem muito pouco ou quase nada ou mesmo nada de ardente vindo das entranhas.
Ao nos permitirmos entrar na vibração do periguetismo e do peripau é perpetuar a machanice alfa em que a mulher acha que ganha sobre as outras, porque foi a eleita :P mas o principio já é de perder. Porque um peripau vai olhar para uma periguete como periguete que ela é. E nesse lugar de moralismo, o peripau até gosta das insinuações das periguetes mas não se entrega. Porquê? Porque se despreza a si mesmo. Óbvio ou quase óbvio. Tem alguma dificuldade em se ver num outro lugar que não o de peripau. Mas um peripau antes de ser um peripau é um ser vivente, pulsante. Como as periguetes. Só que a oportunidade de voltarem à tranquilidade de Ser e Estar sem cacofonia é um longo caminho. Como o de todos nós. Mas não querer estar no lugar de periguete e peripau já nos permite dançar com Vénus e Afrodite, assim como com Dionisio e Baco. Até podemos ser ateus. Isso não vem ao caso! Dançar com os deuses do amor e do prazer é muito prazeroso!!! Relaxa-nos o corpo e eleva-nos o espírito.
A Piu
Br, 04/06/2017


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