quarta-feira, 17 de maio de 2017

POR FALAR EM VIAGEM


No centro de São Paulo há um prédio do arquitecto João Artacho* que por acaso (existem acasos?) tive a oportunidade de ser recebida por uma amiga. Um flat cosy ;) com uma banheira que hoje é uma afronta para o racionamento de água que se vive na grande São Paulo.
Estes dois singelos sabonetinhos, de confecção e design retrô made in Portugal, decoram esse banheiro que remonta à mesma época que foi arquitectado. Por outro lado remonta igualmente às minhas origens. Do lado direito pode-se ver o palácio de Sintra, que durante a minha infância fazia parte da paisagem vista das janelas da minha casa, onde os prados ainda estavam intactos da invasão imobiliária. Oh doce nostalgia. :)
Mas o que eu achei mais interessante foi o sabonete da esquerda. A menina com uma mascarilha e com o ilustre nome: Mistério confiança. Filosófico! De verdade! Esse é o grande paradigma da vida. A vida é um mistério, pois não sabemos o que vem a seguir. Embora haja momentos em que achamos que tudo está adquirido, como por exemplo a liberdade e autonomia. Mas o mistério está aí para nos dizer que há que ter confiança em lidar com toda e qualquer circunstância da vida. Por exemplo! Viajar, migrar, ou até mesmo viver no mesmo lugar desde sempre também é necessário acolher o mistério do desconhecido e ter confiança e esquivarmos-nos das lavagens cerebrais e outros oportunismos de ocasião. Essa é a grande confiança! Caminhar leve com o sabonete para nos lavar o rosto, mas sem o deixar cair para não escorregarmos só porque sim.
A Piu
Brasil, 17/05/2017
João Artacho Jurado (1907 - 1983) foi um empresário paulista, proprietário da Construtora e Imobiliária Monções S.A., Foi responsável pela construção de diversos edifícios residenciais na cidade de São Paulo. (...) Sua arquitetura reflete os sonhos hollywoodianos do pós-guerra em uma mistura de estilos e linguagens: o moderno, o nouveau, o déco e o clássico. (...) Artacho Jurado dificilmente obedecia à imposição, aumentando a ira de alguns arquitetos, que consideravam ultrajante sua atuação profissional, visto que ele não era arquiteto formado.
O reconhecimento de suas obras foi tardio, uma vez que nunca lhe foi permitido assiná-las. [in wikipedia]



terça-feira, 2 de maio de 2017

OH DEAR! OH DOG! ( desabafos em jeito de curiosidade facebookiana)


Aquele textaço da autoria de myself sobre o sagrado da comicidade feminina recebeu esta resposta da revista: Dear Ana The journal is in English so please translate and submit.
Bora lá! Bora lá traduzir as reflexões desta palhaça portuguesa 
( olha a redundância da piadola!) a viver no Braziu! Let's go baby! Viram que usei a expressão "sagrado" tão em voga nos dias que escorrem? Sempre na onda, na wave!
Outra observação: enviei um e mail a perguntar se precisava de traduzir e em 2 minutos recebi a resposta. THAT'S IT! Assim I love trabalhar!
A Piu
Br, -02/05/2017
foto: Estúdios Carbono em Festival Palhaças do Mundo Brasília 2017

Foto de Ana Piu.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

PROSPERIDADE


Eu sempre que penso em trabalhador eu penso na minha avó. No exemplo de competência, humildade e também submissão. Há uns anos atrás, ainda em Lisboa, no tempo eu que eu ingenuamente achava que todos os antropólogos, sociólogos, cientistas sociais e políticos eram gente consciente com um olhar aberto e empático com a sociedade e/ou as sociedades e comunidades que estudam, eu tive um professor que afirmava com algum desdém: " É!... O Pierre Bourdieu é todo intelectual, Toda a gente quer citar... Mas ele veio da classe baixa." Ao inicio eu não entendi onde esse erudito ( ;) ) queria chegar com tal comentário. Achei que a coisa fosse mais profunda, tal como: alguém, cuja família que vem do campesinato, torna-se um pensador duma França que se diz democrática. Depois a ficha caiu. Ele desdenhava da capacidade de erudição do Bourdieu!!!! Que arrogância! Que provincianismo! Um badameco que provavelmente ninguém o conhece fora do seu meio académico português desdenhar dum autor conhecido mundialmente, quer concordemos com as suas teorias ou não!
A minha avó, como uma grande maioria das nossas avós ou bisavós, veio do campesinato. Isso não é vergonha nenhuma! É uma honra! Vergonha é vir duma família desonesta que ostenta a sua riqueza ganha às custas dos outros sem escrúpulos e acharmos que é normal e de salutar. Ninguém escolhe a família onde nasce, mas podemos escolher termos discernimento e também saber perdoar, sem beatice.
Eu não caio nesse papo furado de "fora com os patrões!". Eu posso escolher não ter patrões, para isso tenho de ser autónoma. Empreender no meu trabalho. Isso dá trabalho. Não é para todos. Eu conheço muita gente que quer ter patrões, que quer alguém para lhes dizer o que tem ou não que fazer. Ótimo. Beleza. Porque não? Desde que se respeitem mutuamente. Também conheço atitudes de preguiça: falta de pontualidade, falta de compromisso, fazer pouco ou nada para não se chatear. Porque para todos os efeitos o patrão é um papão. É como achar que não devo de cuidar da minha casa só porque não sou eu a proprietária. Normalmente quem age assim também não consegue ser autónomo, pois rege-se pela relação de "gato e rato" e não pela iniciativa de ser girafa, olhar mais longe e alcançar outra qualidade na relação de trabalho onde existem ou não patrões.
Para resumir um pouco, o paralelo que encontro entre empregado/patrão é mais ou menos o mesmo que entre artista/ produtor. Para dar tudo certo temos de valorizar o trabalho uns dos outros. Existem artistas que só exigem, desconsiderando o esforço do trabalho do produtor. Tem artistas que nem produtor têm. Nesse caso precisam de aprender a ser autónomos e estudar para serem produtores de si mesmos. Sermos patrões de nós mesmos é um grande desafio, assim como respeitar as diferentes funções é igualmente um grande desafio. Antes de tudo não sermos submissos à nossa preguiça em sermos autónomos, já que o sistema neo liberal está nos a empurrar para esse lugar de reinventarmos formas de trabalhar sem uso e abuso de outro ser humano. Cooperar uns com os outros. Esse é o paradigma. E para isso não precisamos de bandeiras e dogmas. Essas aí só atrapalham porque se baseiam em frentes de batalha para ver quem tem razão. Logo o diálogo, a empatia é escassa e até mesmo nula.
Resumindo e concluindo: Estarmos conscientes de nós mesmos permite-nos ter alteridade, empatia e trabalharmos com gosto, competência. Quantidade não significa qualidade. E a qualidade nas relações é o que nos permite sermos prósperos em todos os campos da nossa vida.
A Piu
Brasil, 10/05/2017

Foto de Ana Piu.
Nunca esquecer de onde viemos, onde nos encontramos e para onde queremos ir dá mais clareza no caminhar.
Foto de Ana Piu.
Uma destas mulheres poderia ser a minha avó nos idos anos 40.
Desenhos de prisão do Álvaro Cunhal.

A ARTE DE SER E ESTAR


Aqui estou eu mais numa corrida, mais numa viagem em visita aos meus mais recentes amigos e amigas duma Instituição de Longa Permanência de Idosos. É um imenso prazer voltar a uma das minhas práticas artísticas, após a epopeia dum mestrado em Antropologia Social sobre o tema: a interacção do palhaço com idosos residentes em instituições.
Tem sido uma grande oportunidade de aprimorar a escuta, o estado de palhaço que é o de atenção e prontidão. E rever a qualidade de estar comigo mesma e com o 'outro'. Além de ter a oportunidade de me confiarem memórias de vida que me ajudam a entender melhor o ser humano no geral e o Brasil no especifico.
Penso que só ao fim duns 10 anos de oficio eu comecei a me auto denominar de Artista. A partir dessa epoca eu apresento-me assim. Não é vaidade, e sim orgulho na dedicação , na doação. Sim, eu dedico a minha vida a isso, eu estudei e estudo para isso, eu sempre vivi profissionalmente disso. Então, esse é o foco: viver dignamente do ofício, da nossa profissão . Porque este ofício, esta profissão pode e deve ocupar um lugar nesta sociedade que necessita tanto de empatia, olho no olho, toque, humor, amorosidade e escuta sem juizo de valor.
" Mais uma corrida, mais uma viagem. Fim de semana para ganhar coragem. " ( Sérgio Godinho) :)
A Piu
Brasil, 27.04.2017


" Aqui e agora, entre o cômico,
o onírico e a eternidade" Texto: Patrícia Lauretti

http://www.unicamp.br/unicamp/ju/660/aqui-e-agora-entre-o-comico-o-onirico-e-eternidade


Foto de Ana Piu.

É REVOLUCIONARIO E ATRAENTE SERMOS QUEM SOMOS COM SENSIBILIDADE DESTEMIDA

Granda pinta! Muita fixe! Very nice! Tres bacana! E ainda digo mais! Se o afecto é revolucionário, a meditação tantrica é sensual! Aliás, andar de bicicleta é um bom exercicio meditativo e deixarmo-nos afectar e afectar é o supra sumo da pedalada. E agora canto o lado B do single da Pipi, lá da minha infância : "Vou andar de bicicleta e vou pedalando. Na minha bicicleta quase vou voando!"
Assim como amar a Pachamama é sensualmente ancestral e revolucionário nos dias que voam, umas vezes acanhados outras destemidos.
A Piu
Br. 27/04/2017

BRAZIL OLHO NO OLHO


Inicio dizendo: eu amo profundamente o Brasil no sentido lato mulato democrático do litoral. Sou portuguesa, anti fascista, logo tenho algumas relutâncias senão muitas com discursos patrióticos. Mas adoro o Brasil e estou profundamente agradecida por todos os processos intensos de auto conhecimento que tenho aqui vivido desde há cinco anos a esta parte. Tenho aprendido a abraçar coração com coração sem pressa, a respirar com mais profundidade e a ser mais gentil e doce, assim como mais empreendedora no sentido profissional do termo. Tenho aprendido a descartar-me de velhos padrões que já não servem. Também tem a ver com os ambientes que tenho escolhido circular. Mas duma maneira geral, no Brasil, quando somos gentis recebemos gentileza. Tenho encontrado pessoas que ajudam generosamente no que podem. Muito obrigada mesmo. Também tenho aprendido muito mesmo com o povo nativo. Com os indígenas. Haux haux haux hau haux.
Em 1996 eu conheci o Brasil. A tal da cidade maravilhosa. Rio de Janeiro. Eu acho que nunca me sinto tão entusiasmada, anteriormente, como com essa viagem. Nessa época conheci o Matogrosso, onde mantive um contato mais próximo entre 1999 e 2001. Rio de Janeiro: terra dos morros, do futebol, do Carnaval e da desigualdade abismal. Matogrosso: terra de índio que tem de enfrentar latifundiários onde a lei do Texas fala mais alto. Depois, em 2001 conheci o Amazonas, Pará, e todo o litoral nordestino até ao sul da Bahia, passando por Minas Gerais. Mais tarde conheci mais a sul, onde o país tem alguma pretensão de ser mais desenvolvido. Mas a desigualdade e o pensamento feudal está lá, embutido.
De todas as vezes que eu vinha ao Brasil eu sempre sentia e sinto uma enorme dificuldade em entender estas discrepâncias de classe, aliadas ao servialismo e à violência gratuita com que se tira a vida a alguém como quem come um espetinho de queijo coalho com uma cervejola á beira mar.
Aqui, eu conheci trabalhos que até então não faziam parte do meu referencial. Manobrista. Alguém sabe o que é, fora do Brasil? Faxineira e babá a tempo inteiro ou mesmo a tempo parcial. Alguém tem assim com tanta frequência, fora do Brasil? Falo do norte a sul da Europa que é o que eu conheço. Da Dinamarca até Portugal, passando pela Alemanha, França, Holanda, Espanha, Itália que é o que conheço melhor. Eu não conheço ninguém e muitas são pessoas instruídas de bem com a vida.
Sempre tive muita dificuldade de entender esta alegria toda de oba oba. Cansa. E olha que eu sou festeira. Mas parece que não soa a verdade. Também tenho dificuldade com o exagero da cordialidade. A pessoa está lixada por dentro mas finge que está tudo bem. Parece que é uma forma de se auto reprimir e reprimir o seu interlocutor. Aí já é mesmo um choque cultural e social! Tenho a impressão que são resquícios da escravatura e das ditaduras mais recentes do último século. Eu acho que algumas vezes posso passar pela portuguesa louca que fala tudo na cara, com movimentos rápidos de braços e mãos, e só sorri e ri quando sente mesmo. Eu prefiro passar por "brabinha" de vez em quando. Porque sei que não estou a mentir nem para mim nem para ninguém. E confirmo uma vez mais que a Cultura do Carnaval, do oba oba, da cordialidade exagerada ( a cordialidade é boa quando há diálogo e escuta) é uma forma de manter as pessoas entretidas de bola baixa. Porque o que vem de cima, dos mandatários... Vou-te contar.
O que tenho para dizer neste final de dia é que temos que cultivar a nossa paz interior e estarmos mais atentos uns aos outros sem preconceito de pobre ( a maioria dos ricos daqui são de origem pobre. Olha a falta de memória!), rico (porque há ricos gente boa e consciente), de negro, de índio (ambos com tanto para ensinar), de mulher (todos nascemos do ventre da nossa mãe. Os de laboratório ainda não estão na praça. Acho), de homossexuais ( eu tenho vários amigos de todas as classes. Desde o adolescente da periferia que está a descobrir a sua orientação até ao professor universitário). Bora ser gente de verdade uns para os outros e saber que o trabalho liberta-nos e que o valor do mesmo deve ser recompensado dignamente? Cuidar das nossas crianças, jovens e idosos com respeito sem distinção de classe, cor e outras tretas que nos separam. Já é tempo de parar com este olho por olho, dente por dente. Mais por olho no olho. Não faz nada mal e só faz muito bem! Eu gosto de estar aqui no Brasil e quero continuar aqui, escolhendo e sendo escolhida por parcerias, companheirismos muito massa de coração sem preconceito e sem achar que somos um perigo uns para os outros. O que nos une? Sermos seres humanos? Já é muita coisa, não?
beijuuuuuuuuu
Piu
Brasil, 29/04/2017


NAMACHÁ!


Visto ter ficado na lista de espera dum encontro de comunicação não violenta que está a acontecer em São Paulo, o amigo you tube google tomou a vez com algum discernimento de sair de casa para participar de uma dança circular meditativa para relembrar que a minha ancestralidade é pagã. Importante o encontro presencial. Muito importante! Não só para compartilharmos de momentos com uma outra qualidade social assim como percebermos que somos tão iguais e diferentes.
Sim, tudo indica que estamos a entrar na Nova Era. Vivemos momentos em que as pessoas cada vez mais sentem necessidade de olhar para dentro e estarem conectadas entre si. Isso é uma prática, assim como a prática da comunicação não violenta. A espiritualidade é a espiritualidade, independentemente de ter virado moda, assim como um produto comercializavel.
Nós temos as nossas sombras,como temos a nossa luz interior. A questão não estar sempre de luz acesa, tal qual neon, e sim como lidar com as nossas inúmeras sombras. Eu desconfio de quem tenta impingir aos outros as suas correntes religiosas e espirituais, as suas mensagens de luz e paz com campanha para comparecer em alguma reunião duma qualquer igreja. Desconfio porquê? Primeiro, porque impingir algo, por melhor que seja a causa, é invasivo. Depois, muitas vezes, no convívio mais próximo podemos observar que quem tem essa necessidade extrema de evangelizar os demais ainda está no primeiro nível de maturação do Eu, em que Ego fala muito mais alto, com as suas tiranias de querer tudo controlar e protagonizar. Ah! E ter a verdade! Com a máscara da bondade e da serenidade! Ufffff ( olha a tua sombra, Piu!)
Então, cabe a cada um de nós de baixar a bola ao nosso ego e elevar o nosso Eu Superior com os mecanismos dos quais nos melhor identificamos. Uns caminham, outros acendem velas num altar, outros fecham os olhos e abraçam uma árvore ( eu faço isso! :) além de caminhar e olhar o mar, entre outras coisa), outros rezam, outros escutam música, criam música, escrevem. Cada um é livre de encontrar o seu caminho, vigiando-se para que não sejam invasivos com a sua imposição de "paz e luz"; "deus te abençoe", para os outros. Porque estas frases quando não vem do coração é mais um cliché como outro qualquer.
Quanto a este texto abaixo, é interessante mas tem por vezes uma escrita um pouco impositiva...Por exemplo: "Me dê tua profundidade." A minha sombra logo responderia: " Dou se eu quiser! Eu partilho a profundidade com quem eu quiser!" Mas não! A comunicação não violenta está aí para nos relembrar que podemos agir sem reagir. Podemos agir com humor, por exemplo. É uma forma de extravasar com amorosidade. Não somos sempre amor,mas podemos ter humor e podemos-nos posicionar com boa energia. Sermos mais leves uns para os outros. E rir das nossas crenças mais profundas. Isso é saudável! Não nos levarmos demasiado a sério é muito saudável!
Namachá!
Piu
Brasil, 30/04/2017

https://elementochao.wordpress.com/2016/01/07/a-baboseira-de-amor-e-luz-da-nova-era/
É POSSÍVEL A EMPATIA ENTRE GREGOS E TROIANOS?

Esta noticia é hilariante! Nem sei como começar... Pois o que me vem assim, logo de primeira, à ideia é todo um cenário repleto de detalhes que nos remetem à fase do xixi/cóco lá pelos 2/3 anos, quando se largam as fraldas. E quem não gosta de dar um boa gargalhada ou até um sorrisozinho diante duma imagem escatológica absurda, non sense?

Por outro lado já imagino toda uma indústria vocacionada em vender cremes para as assaduras dos trabalhadores que nem podem mudar a fralda, pois correm o risco de serem despedidos; assim como todo um arsenal de odorizantes florais e pauzinhos de incenso industrializados para aligeirar o ambiente de trabalho. Também dá para imaginar a pessoa a esconder-se atrás do computador para poder "livremente" fazer os seus esgares enquanto satisfaz as suas necessidades fisiológicas. A moda será igualmente a de usar saias e calças largas sem perder a elegância do bem vestir e bem se apresentar. Posteriormente as fraldas trarão motivos, do estilo: ratos Mickeys com lacinhos, rosinhas, e até mensagens de coragem e prosperidade. Já as fraldas devem ser de qualidade minimamente garantida para que estas não vazem. Dá para imaginar uma reunião entre diretores e subalternos isso acontecer? O chique virar chiqueiro. Agora, também pergunto: os diretores e outros postos de chefia também usarão as ditas sacoletas intimas que garantem produtividade à empresa?

Sendo que hoje é dia do trabalhador e da trabalhadora e que tanto os chefes como os chefiados trabalham, cada um com a sua função e responsabilidade, pergunto em primeira mão uma pergunta óbvia, com a salvaguarda que o que é óbvio para uns não é para outros: " Essa imposição é aceitável? Quem a aceita porque a aceita? Por necessidade? Como encontrar soluções para não sermos escravos da necessidade de vivermos do nosso trabalho?

Por último, pergunto aos possíveis chefes, patrões, empresários que por algum rasgo do acaso lêem este texto ( existem acasos ou universo é um grandessissimo conspirador? ): Vocês acham que um funcionário desrespeitado a este ponto produz mais? Não acham que ser um bom líder é alguém que motiva a sua equipe? Que a prosperidade está aí, na inteligência emocional e na capacidade de empatia de nos colocarmos no lugar do outro que também pode ser o nosso, em algum momento da vida?

obs: a foto é muito boa! Pode até ser montagem, mas imaginar alguém num parque de estacionamento neste propósitos é incrível e passou a ser deste mundo!

A Piu
Brasil, 01/05/2017

http://pensadoranonimo.com.br/multinacionais-obrigam-funcionarios-usar-fralda-e-proibem-ida-ao-banheiro/