segunda-feira, 24 de abril de 2017

VIVA A LIBERDADE E A NOSSA CRIANÇA LIVRE!


Eu sou muito grata por ter nascido e crescido em democracia. Estou grata aqueles que tiveram a coragem de se arriscar para pôr fim ao fascismo e à guerra colonial.
Estou grata por ter tido uma educação anti fascista e anti imperialista.
Estou grata por nenhum dos meus familiares não ter sido vitima duma guerra inglória sem sentido contra os países africanos, que lutaram pela sua independência. 
Estou grata ao MFA ( Movimento das Forças Armadas) que numa acção pacifista, tornando-se o Movimento das Forças Amadas, puseram um fim a uma guerra de 12 anos, a um fascismo de 48 anos e a 574 anos de colonialismo.
Estou grata pelas conquistas de Abril, entre as quais a emancipação da mulher que até 1974 vivia sobre o jugo da boa ou má vontade do marido, do pai e afins. Uma mulher era segregada por se divorciar, não podia viajar sem a autorização do homem e por aí vai.
Eu sou grata da percentagem de analfabetismo ter diminuído consideravelmente, assim como a pobreza no limiar da miséria.
Eu sou grata por todos os desafios. O desafio de superar a crise financeira e de valores que o neo liberalismo insiste em colocar à prova o nosso poder de resistência. Estou grata por ter compreendido que é tempo de não me intimidar mais com essa crise, que é assente no individualismo, que é uma especulação para beneficiar uns tantos.
Estou grata por ter tido a oportunidade de ser acolhida no Brasil, com todos os desafios de sair da zona de (des)conforto. De ter tido encontrado pessoas imensamente bem intencionadas, que estão num caminho de auto superação focando na energia vital, das quais eu considero amigas do fundo do coração.
Estou grata por a minha memória estar viva e viva e que para todos os efeitos o nosso destino a nós mesmos compete.
E como manda o figurino, as comemorações do 25 de Abril começam no 24 de Abril! VIVA A LIBERDADE E AUTONOMIA! Que esta data nunca caia no esquecimento, esteja eu na Patagónia, no Nepal ou no Tarrafal! FASCISMO NUNCA MAIS!
Piu
Brasil, 24/04/2017


 Manter a nossa criança livre é nunca esquecer de sorrir com doçura mesmo quando tudo parecer estar a preto branco. E o que fazemos? O colorimos os nossos propósitos que nos fazem estar aqui, mantendo-nos livres.
Que das armas saiam flores, cravos, que nos edificam como seres viventes dignos e respeitosos e relação aos outros seres viventes.

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